Floresta Nacional de Lorena

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A Floresta Nacional de Lorena é uma unidade de conservação federal de Mata Atlântica, localizada entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo. Próxima ao município de Lorena, ela está a aproximadamente 180 km da capital, abrangendo uma área de 249,31 hectares.

Doado pela prefeitura de Lorena ao Ministério da Agricultura, o local foi totalmente reflorestado com espécies nativas, como angico, pau-jacaré, ingá, diversos tipos de ipês, pérola vegetal, mirindiba, paineira, pau-viola, jacarandá-da-bahia, pau-brasil, jequitibá, escova-de-macaco, palmito, quaresmeira, cedro, sapucaia, entre outras.

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Floresta Nacional de Lorena
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Sao Paulo
Município: Lorena (SP)
Categoria: Floresta
Bioma: Mata Atlântica
Área: 281,4100 hectares
Diploma legal de criação: Portaria nº 246 de 18 de julho de 2001 (Criação)
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Rio de Janeiro

Contatos:

Gestor: LUIZ BENEDITO RANGEL
Endereço: Av. Major Hermenegildo Antônio de Aquino, S/N
CEP: 12605610
Bairro: Coatinga
UF: SP
Cidade: Lorena
Site: Página da UC
Telefone: (12) 31531188, (12) 31531590, (12) 31532063
E-mail: flonalorena.sp@ibama.gov.br

Localização

Localiza-se no Vale do Paraíba, no interior paulista, entre as serras da Mantiqueira e do Mar. É de fácil acesso pela via Dutra, estando a 180 km da cidade de São Paulo e 220 km da cidade do Rio de Janeiro. Sediada no município de Lorena, a Floresta Nacional é cercada em parte pela cidade de Lorena, e por áreas de pecuária e plantações de arroz irrigado.

Como chegar

  1. Siga a rodovia Presidente Dutra até Lorena
  2. Pegue a saída 51 - Rodavia Lorena-Piquete
  3. Entre à direita na Madeireira do Trevo sentido cidade de Canas
  4. Entre à esquerda na Flona de Lorena (antigo IBAMA)

Para arquivo PDF com resumo Clique aqui
Para destino Google Map Clique aqui

Ingressos

A floresta nacional pode ser visitado a ano todo. O horário de funcionamento é Segunda à Domingo, das 08h00 às 17h00.

Entrada franca.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Histórico

Até 1934 funcionou no local o Campo de Sementes, conhecido como Sementeira. Nesse período a área foi reflorestada com centenas de espécies, pois não existia mais vegetação. Naquele ano foi criado o Horto Florestal de Lorena. Sempre produzindo mudas de espécies nativas e exóticas, a partir de 1967, com a criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, o Horto foi transformado em Estação Experimental Florestal, anos depois denominado Estação Florestal Experimental Dr. Epitácio Santiago, em homenagem ao administrador do Horto que promoveu todo o reflorestamento da área entre 1930 e 1960. Em 1991 começou a funcionar no local o Escritório Regional do Ibama no Vale do Paraíba. Dez anos depois foi criada a Floresta Nacional de Lorena, que desde 2007 é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

A Floresta Nacional de Lorena ainda é conhecida pela população local como o "Horto Florestal de Lorena" sendo lembrada com saudosismo, principalmente pelos mais idosos. É recorrente o depoimento de cidadãos Lorenenses que reforçam a noção de pertencimento e referencia familiar sobre a FLONA de Lorena, tais como: “os melhores anos da minha infância foram vivenciados nos bosques do Horto Florestal”; “aprendi a amar as árvores, durante o plantio de comemorações do Dia da Árvore no Horto Florestal – era o dia de lanche com pão e mortadela e guaraná”; “as árvores plantadas em minha casa, sítio e na minha rua, foram mudas semeadas e doadas pelo Horto Florestal”; “a celebração de minha primeira comunhão foi no Horto Florestal”; “estudei na Escola do Horto Florestal!”; “ainda existe a árvore que eu plantei quando criança”; “meu pai trabalhou no Horto”; “minha avó foi professora na Escola do Horto”; “Aquele local é maravilhoso, pena que está abandonado. – É preciso resgatar o valor do Horto Florestal para Lorena!”

Atrações

A Floresta Nacional de Lorena ao longo da sua história, ou seja, desde meados da década de 1930, sempre recebeu visitação, um público diversificado formado em sua maioria por alunos da rede municipal de ensino e pelos próprios moradores do seu entorno, bairros e municípios vizinhos, que freqüentam a Flona pelo seu patrimônio cênico e cultural regional. A cidade de Lorena não apresenta muitas opções de áreas para visitação, lazer e recreação, desta forma os visitantes buscam a Unidade como área de lazer tradicional. No ano de 2006 a Unidade recebeu 5.597 visitantes, em 2007 foram 4.534, e em 2008 recebeu 3.187 visitantes. Nos últimos anos a Flona recebe em média 2000 visitantes.

  • Um conjunto de trilhas de cerca de 5(cinco) mil metros totalmente planas mas ainda não sinalizadas;
  • Uma churrasqueira e diversos quiosques e mesas com bancos para piqueniques próximos da churrasqueira;
  • Um lago natural de aproximadamente 1(um) hectare, com trilha de 500 (quinhentos) metros ao seu redor;
  • Um auditório para realização de atividades de educação ambiental com capacidade para 80 (oitenta) pessoas;
  • Uma ruína do galpão do aeroporto e aeroclube de Lorena;
  • Um campo de futebol em ótimo estado

Aspectos naturais

Inserida no bioma Mata Atlântica, a Floresta Nacional de Lorena reúne a maior e mais diversificada floresta de Mata Atlântica na vasta planície do descaracterizado Vale do Paraíba. Devido a sua grande diversidade, esta estratégica unidade de conservação federal se constitui em importante banco genético de espécies arbóreas, ou seja, uma fonte de produção de sementes.

O clima é predominantemente tropical, com verão úmido e inverno predominantemente seco. O rio Coatinga ou Ribeirão dos Passos, bastante comprometido, é o único recurso hídrico que corta a unidade. A Floresta Nacional está localizada em área totalmente plana e boa parte dentro de áreas alagadiças - aluviões quaternários - do rio Paraíba do Sul e seus afluentes.

Relevo e clima

Fauna e flora

Fauna

A proteção desse mosaico de vegetação possibilita a sobrevivência de diversas espécies da fauna. Somente de aves, são 150 espécies como as marrecas irerê e a pé-vermelha, além da saracura-sanã, jaçanã e do martim-pescador-grande.

Também ocorrem mamíferos como cotia, saguis-de-tufo-preto, tatus, gambás, preás, preguiça-de-três-dedos, cachorro do mato, capivara, lobo-guará (ameaçado de extinção), catetos e várias espécies de morcegos.

Flora

A Floresta Nacional de Lorena é composta de bosques de essências florestais nativas e exóticas (eucalipto, pinus e outras) plantadas entre as décadas de 1930 e 1960 com o objetivo de recuperar áreas degradadas do Vale do Paraíba e formar um banco de sementes, que resultou em impactos positivos nos tempos atuais.

Entre 1930 e 1950 foram plantadas 175 diferentes espécies nativas e até 1957, 106.461 árvores foram introduzidas.

Pelo fato da floresta ter sido utilizada somente para produção de sementes, a área foi enriquecendo-se naturalmente com formação de sub-bosques bem desenvolvidos de espécies nativas, que teve um processo de disseminação bastante influenciado pela fauna.

PRINCIPAIS FORMAÇÕES VEGETAIS Originalmente, a cobertura vegetal da região era representada por transição entre os biomas Cerrado, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa. Atualmente, a Unidade é composta de bosques de essências florestais nativas e exóticas, todos com sub-bosque bem desenvolvido de nativas. Existem ainda diversas áreas em regeneração com predomínio de espécies da Floresta Estacional Semidecidual e também campos de várzea preservados na região norte da unidade.

Algumas das espécies florestais que ocorrem na Flona de Lorena são carrapeta, ingá branco e amarelo, ipê verde, ipê tabaco, cassia manduirana, quaresmeira, canafístula, jacatirão, pau-viola, maricá, canudo-de-pito, marianeira, jurubeba, sendo que estas últimas cinco ocorrem nas várzeas, ecossistemas extremamente ricos.

Até o momento, foram levantadas na Floresta nacional 19 espécies da flora brasileira em diferentes graus de extinção, entre elas o palmito juçara, o xaxim, o jacarandá-da-bahia e o pau-brasil. Isso demonstra a importância desta unidade de conservação para a conservação da flora brasileira.

Problemas e ameaças

Fontes

CNUC

ICMBio

Floresta Nacional de Lorena

Plano de Manejo: Vol I, Vol 2