Estação Ecológica do Rio Acre

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A Estação Ecológica do Rio Acre é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, com uma área de 77.500 hectares e 146.130 metros de perímetro. Situa-se na região norte do Brasil e região sudeste do estado do Acre. Esta Unidade foi criada em 02 de junho de 1981 pelo Decreto Federal no 86.061, para desenvolver projetos de pesquisa e preservar parte das nascentes do rio Acre e está localizada na Gleba Abismo no município de Assis Brasil.

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Estação Ecológica do Rio Acre
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Acre
Município: Sena Madureira, Assis Brasil
Categoria: Estação Ecológica
Bioma: Amazônia
Área: 79.093,73 hectares
Diploma legal de criação: Decreto nº 86.061, de 2 de junho de 1981
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

CR1 – Porto Velho

Contatos:

Gestor da Unidade: Lincoln Schwarzbach
Endereço: Rua Dom Giocondo Maria Grotti, 301
CEP: 69935000
Bairro: Centro
UF: AC
Cidade: Assis Brasil
Site:
Telefone: (68) 35481393
E-mail: esecrioacre@yahoo.com.br

Localização

Como chegar

Ingressos

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas

Histórico

A origem do nome da unidade de conservação está relacionada à existência do rio Acre. A criação da unidade tem como um de seus principais objetivos preservar parte das nascentes do rio Acre compreendidas em seus domínios.

O nome Acre surgiu de “Aquiri”, que significa “rio dos jacarés” na língua nativa dos índios Apurinãs, os habitantes originais da região banhada pelo rio que empresta o nome ao Estado. Os exploradores da região transcreveram o nome do dialeto indígena, dando origem ao nome Acre.

O primeiro esforço significativo feito no Brasil para participar do movimento internacional de criação de áreas naturais protegidas aconteceu em 1911. O responsável foi Luís Felipe Gonzaga de Campos, um cientista brasileiro que editou nesse ano um importante livro intitulado Mapa Florestal do Brasil, publicação que, como o nome sugere, é acompanhada de um mapa, na escala de 1:5.000.000. O Mapa Florestal do Brasil é o primeiro estudo abrangente feito em nosso País com uma descrição detalhada de nossos diferentes ecossistemas e o estágio de conservação de cada um, com a expressa intenção de subsidiar as autoridades brasileiras para a criação de um conjunto de parques nacionais.

Em decorrência da publicação do Mapa Florestal do Brasil, hoje um clássico, decretos foram publicados na mesma época pela Presidência da República, sendo que dois parques nacionais, dentre outros, foram criados no então território do Acre, hoje estado da federação. A iniciativa era tão avançada para o início do século no País, que os decretos caíram no total esquecimento e essas áreas nunca foram implementadas. Somente em anos recentes foram descobertos esses instrumentos legais e constatou-se que os nossos primeiros parques já estavam quase completamente destruídos, não sendo mais possível sua preservação. Apenas parte que se salvou de um deles está hoje inserida dentro da Estação Ecológica Rio Acre (Costa, 2007).

Atrações

Aspectos naturais

Relevo e clima

Relevo

De acordo com a literatura consultada (BRASIL, 1977) as rochas da Estação Ecológica são rochas sedimentares da formação Solimões, formação esta que ocorre na maioria do estado do Acre. A formação Solimões é formada por um espesso pacote de rochas sedimentares constituída de argilitos, argilitos-sílticos de cores variadas predominando tons avermelhados e cinzentos. Estas rochas apresentam estratificações cruzadas e plano-paralelas, frequentemente apresentando lentes com concreções carbonáticas e gipsiferas.

Clima

A Área de Entorno se caracteriza por temperaturas altas e elevados índices pluviométricos, constância pluviométrica modificada pela invasão de ar polar durante o inverno austral, concorrendo para instalação de um período seco e para o decréscimo de temperatura, originando o fenômeno conhecido na região como “friagem”.

A região apresenta a segunda menor média de precipitação pluviométrica do Estado, registrando 1.684 mm/ano, com maior intensidade de chuvas entre os meses de novembro a março e o mais seco é observado de maio a agosto. A temperatura média oscila na faixa de 26 a 27 ºC, atingindo máximas em torno de 33 ºC e mínimas de 14 ºC.

O clima da região é classificado como tropical, quente e úmido com temperatura média de 26 ºC e densidade pluviométrica de 1.700 mm.

Fauna e flora

Fauna

O único estudo que identificou parte da fauna existente na Estação Ecológica do Rio Acre foi durante a realização do seu Plano de Manejo. Entretanto, somente um número restrito de grupos biológicos foram contemplados: lepidopterofauna (parcialmente), herpetofauna, avifauna e mastofauna. Considerando-se a herpetofauna, o número de espécies de anfíbios registrados na região representa cerca de 40% do total de espécies registradas para todo o Estado do Acre, o que indica tratar-se de uma região de alta diversidade de anfíbios. Foram registradas 57% das espécies de lagarto, 21% das espécies de serpentes e 50% das espécies de quelônios conhecidos no Acre. Destaque é dado à tartaruga (Podocnemis unifilis), que se distribui desde o Rio Acre, em baixas populações submetida a maior pressão pela caça de seus ovos, até o Rio Tahuamanu, onde há maior abundância de praias arenosas e altas. O jacaré (Caiman scleops), próprio dos rios com corrente, está distribuído desde o Rio Yaverija até o Tahuamanu. Para a avifauna, a maior parte das espécies registradas na Estação Ecológica (255 spp. de aves) foram encontradas em Florestas Aluviais de bambus e palmeiras, enquanto 189 espécies ocorrem em Florestas Abertas de bambus e palmeiras. Algumas espécies de aves tiveram seu primeiro registro de ocorrência verificado para o Brasil justamente na Estação Ecológica Rio Acre: (Amazilia lactea bartletti), (Hypocnemis cantator collinsi), (Philydor rufum bolivianum), (Glyphorynchus spirurus albigularis), (Xiphorhynchus chunchotambo) e (Psarocolius angustifrons alfredi). Além disso, na ocasião do levantamento, uma nova espécie pertencente ao gênero (Cnipodectes) foi identificada. Para a mastofauna, foram já identificadas 44 espécies de mamíferos terrestres: 4 marsupiais, 4 edentados, 11 primatas, 10 carnívoros, 4 ungulados, 9 roedores e 1 lagomorfo. Dentre as espécies de mamíferos levantados, algumas são de especial interesse para a conservação em função do grau de ameaça e pressão a que estão sujeitas: o tatu-canastra (Priodontes maximus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o macaco-preto (Ateles chamek), o soim-preto (Callimico goeldii), a anta (Tapirus terrestris), a lontra (Lontra longicaudis), o gato-maracajá-peludo (Leopardus wiedii), a onça-pintada (Panthera onca) e a onça-vermelha (Puma concolor).

Problemas e ameaças

Fontes

Plano de Manejo

Página do ICMBio

Página do CNUC