Parque Estadual do Jalapão

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Parque Estadual do Jalapão
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Tocantins
Município: Mateiros, São Félix do Tocantins
Categoria: Parque
Bioma: Cerrado
Área: 158885
Diploma legal de criação: Lei ordinária nº 1.203, de 12/01/2001
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Natureza do Tocantins
Contatos: Endereço: Av. Maranhão s/n - Centro - Mateiros/TO

CEP: 77.593-970
E-mail: erick@naturatins.to.gov.br
Telefone: (63) 3534-1072
Chefe da Unidade: Rejane Ferreira Nunes

Localização

A UC tem como limites ao Norte o Rio Soninho; a Oeste, Sudoeste e Sul, o Rio Novo, a rodovia TO-255 e APA Jalapão; e a Leste e Nordeste, o Ribeirão Brejão, Córrego Carrapato, Córrego Formiga e APA Jalapão.

Como chegar

Diversas agências de turismo oferecem o pacote completo até o Jalapão. Em todos os casos, o ponto de partida é Palmas, a última cidade brasileira totalmente planejada.

De Palmas, segue-se 64 quilômetros pela rodovia TO-050 até Porto Nacional, e depois 116 quilômetros pela TO-255, até Ponte Alta do Tocantins, considerada a entrada do Jalapão. Resta seguir até os atrativos, sempre por estradas de terra – o que torna recomendável o uso de veículos com tração 4x4.

Outra opção de acesso ao Jalapão é sair de Palmas pela TO-020, sentido Norte (108 km de extensão), com acesso para Novo Acordo. Também pode-se trafegar pela TO-030 (100 km de extensão), interligação com Taquaruçu e Santa Tereza do Tocantins. Então, é seguir adiante, até os atrativos, sempre por estradas de terra – o que torna recomendável o uso de veículos com tração 4x4.

Ingressos

Situação da visitação: Aberto
Período: 01/01 a 31/12
Dias da semana: Segunda a Domingo
Horários: 05:00 a 18:30
Informações complementares: o turista precisa obedecer as normais de visitação da UC.

Onde ficar

Município: Mateiros

Pousada Panela de Ferro
Telefone: +55 63 3534-1038

Pousada Santa Helena Jalapão
Telefone: +55 63 3534-1050

Objetivos específicos da unidade

Proteger a fauna, a flora eos recursos naturais, de forma a garantir o aproveitamento sustentado do potencial turistico.

Histórico

O Parque Estadual do Jalapão (PEJ), criado pela Lei Estadual 1.203 de 12 de janeiro de 2001, pertence à categoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Estado do Tocantins. Esta UC objetiva a preservação dos recursos naturais da região na qual está inserida, fato que restringe suas formas de exploração, admitindo-se apenas o aproveitamento indireto de seus benefícios.

O parque representa um importante patrimônio ecológico nacional, uma vez que é atravessado por diversas sub-bacias que disponibilizam uma expressiva oferta de recursos hídricos para o Rio Tocantins.

É um dos poucos locais ainda bem protegidos em toda ecorregião do Cerrado, com potencial de permitir a permanência de populações de fauna e flora que estão sob intensa pressão em outros locais do país.

Por ser uma área de tensão ecológica entre importantes ecossistemas como a Floresta Amazônica, a Caatinga e o próprio Cerrado, esta UC constitui uma área que deve ser palco de uma série de pesquisas científicas para uma melhor caracterização de seu acervo e de seus atributos naturais.

Atrações

No Jalapão você terá sensações únicas. Somente lá é possível, no meio de um pequeno oásis, banhar-se em águas transparentes e conhecer a sensação de não poder afundar. Um lugar de agradáveis contrastes, onde as grandes dunas de areia convivem com cachoeiras que, pela força de sua queda d`água, parecem envoltas em fumaça.

Admire a beleza e sinta-se em contato com o divino. Ou desfrute altas cargas de adrenalina, na prática de esportes radicais como o rafting.

Cachoeira da Velha

Alimentada pelas águas do Rio Novo, a Cachoeira da Velha é a maior cachoeira do Jalapão e uma das suas principais atrações. Nela, as águas correm em grande quantidade, despencando por duas quedas em formato de ferradura, cada uma com mais de 20 metros de largura. Um espetáculo imponente, em que a natureza mostra sua exuberância e toda a sua força.

Bem próximo à Cachoeira da Velha existe uma prainha, de águas doces e mansas, cercada por matas de galeria. Sem dúvida, uma bela opção para o camping. A trilha para chegar da cachoeira à prainha é um atrativo à parte, de fácil caminhada, com paradas para descanso e contemplação.

Dunas

Um cenário tanto inesperado quanto inesquecível, formado por enormes dunas de areia dourada (areia de quartzo), de até 30 metros de altura. Imagine a sensação de andar por estas areias e contemplar o pôr-do-sol no centro de uma paisagem como esta!

As dunas do Jalapão estão em constante movimento, guiadas pelos ventos. Ao seu redor está a Serra do Espírito Santo, de formação arenosa, cuja ação dos ventos causa sua erosão, originando as dunas.

Mumbuca

Em seu passeio pelo Jalapão vale reservar um tempo para conhecer um povoado tradicional, o Mumbuca, distante 35 quilômetros da cidade de Mateiros. Foi nesse lugar, formado por uma maioria de descendentes de escravos, que surgiu o tão popular artesanato em capim dourado.

Acompanhe as mãos habilidosas das mulheres do Mumbuca trabalhando o capim dourado, produzindo peças artesanais que serão distribuídas em todo o Brasil e em diversos países.

A população do Mumbuca não chega a 200 moradores. Lá, homens e mulheres dividem funções bem definidas. Os homens plantam para o consumo da família, enquanto as mulheres colhem a produção e preparam farinha, além, claro, de atuarem como artesãs.

Cachoeira do Formiga

A Cachoeira do Formiga é uma pequena queda d`água, cercada por uma vegetação exuberante, de árvores altas, samambaias e moitas de palmeiras nativas. Mas o espetáculo mesmo fica por conta da piscina formada ao pé da cachoeira, onde águas de um verde-esmeralda encantador convidam ao mergulho. Uma jóia onde é possível banhar-se e observar o fundo do poço, com areias calcáreas.

Aspectos naturais

Solo

Cambissolos Háplicos, Gleissolos Háplicos, Latossolos Vermelho-Amarelos e Vermelho-Escuros, Neossolos Litólicos, Neossolos Quartzarênicos e Neossolos Quartzarênicos Órticos (Areias Quartzosas)e Organossolos Háplicos.

Geologia

Formação Urucuia: constituída por arenitos finos à médios, róseos, impuros, com alguns conglomeráticos, bem como uma tendência geral desses arenitos em se tornarem mais argilosos na base. Na área do Parque Estadual do Jalapão, a Formação Urucuia parece estar, estratigraficamente, sobreposta à Formação Sambaíba, de idade Triássica, que aflora no sopé da escarpa da serra do Jalapão, oriunda da falha de Lizarda. Sotoposto à Formação Urucuia, tem-se material quaternário e terciário desagregado. As exposições do arenito somente são vistas nas erosões, geralmente ao longo das estradas e em áreas de empréstimo.

Hidrologia

A Bacia do Alto Rio Sono está no domínio do parque, sendo composto pelo rio Novo, Soninho e Sono. O Rio Novo um curso d'água de planície em terreno arenoso, seus meandros e sua dinâmica parecem ser bastante acentuados. Dentro dos limites do parque ocorre ressurgências ou exsutórios naturais de forma circular que afloram em sopés das vertentes, regionalmente chamados de "fervedouros".

Relevo e clima

O PEJ insere-se no domínio morfoestrutural da Bacia Sedimentar do São Francisco e do Parnaíba, na região geomorfológica Patamares e Serras dos Rios São Francisco e Tocantins, na unidade geomorfológica Patamares Leste do Tocantins. A região recebe tal denominação por apresentar formas correspondentes a superfícies planas, em formas de chapadas, cujas continuidades são interrompidas por escarpas que localmente recebem a denominação de serras.

Fauna e flora

Fauna

Cinqüenta e seis espécies de mamíferos foram registradas através de observações diretas e indiretas, sendo dez consideradas raras: Caluromys philander (cuíca), Thylamys karimii (catita-de-areia), Artibeus cinereus (morcego), Saccopteryx bilineata (morcego), Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim), Lontra longicaudis (lontra), Alouatta caraya (bugio) e Tapirus terrestris (anta) e dez ameaçadas: Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira), Tolypeutes tricinctus (tatu-bola), Priodonte maximus (tatu-canastra), Panthera onca (onça-pintada), Puma concolor (suçuarana), Leopardus trigrinus (gato-do-mato-pequeno), Leopardus pardalis (jaguatirica), Chrysocyon brachyurus (lobo-guará), Speothus venaticus (cachorro-do-mato-vinagre) e Blastocerus dicothomus (cervo-do-pantanal)

A Raposinha (Lycalopex vetulus) é endêmica da região. É bem parecida com o cachorro-do-mato, sendo uma das menores das raposas do campo, com cerca de 3 a 4 kg. Ocorre na região do planalto central brasileiro preferindo as formações abertas do Cerrado, utilizando inclusive áreas de cultivo para procurar suas presas.

Apesar de apresentar dieta onívora, a raposinha tem como o item mais importante em sua dieta, os cupins (principalmente os syntermes), que são consumidos durante todo o ano, sendo que são consumidos tanto soldados quanto operário.

Além de cupins, utiliza outros insetos para se alimentar, como besouros, gafanhotos e grilos. Pequenos mamíferos são consumidos em menor quantidade, assim como as aves. Os frutos são importantes em sua dieta, consumindo frutos de várias espécies do Cerrado, como mangaba (Hancornia speciosa), jurubebinha (Solanum granuloso-leprosum), araticum (Annona crassiflora), cajuzinho do cerrado (Anacardium humili), entre outros.

Por se alimentar de várias frutas de plantas do Cerrado, também pode ser considerada como possível dispersora de suas sementes. Apresenta atividade crepuscular e noturna, mesmo horário de atividade dos cupins de que se alimenta, os quais provavelmente ela localize pelo som que emitem ao forragear

Flora

O Parque do Estadual do Jalapão possui vários tipos de vegetação: campo limpo, campo limpo úmido, campo sujo, cerrado sentido restrito, cerrado ralo, denso, rupestre, Parque Cerrado, vegetação esparsa sobre dunas, vereda, cerradão, mata de galeria não-inundável e inundável, mata ciliar, mata seca semideciduale e vegetação lecustre. As espécies raras que compõem o PEJ são Annona coriacea, Attalea eichleri, Chamaecrista oligosperma, Ditassa acerosa, Guettarda vibournoidese, Xylopia aromatica (pimenta de macaco). As espécies Syngonanthus nitens (capim-dourado), Mauritia flexuosa (buriti), Anacardium occidentale(cajú) , Anadenanthera colubrina (angico), Annona coriacea (), Astronium fraxinifolium (gonçalo-alves), Brosimum gaudichaudii (bureré), Dalbergia miscolobium (jacarandá do cerrado), Eugenia dysenterica (cagaita), Hancornia speciosa (mangaba), Pterodon pubescens (sucupira), Stryphnodendron adstringens (barabatimão) são espécies de interesse econômico para a população local.

Problemas e ameaças

Caça, extrativismo vegetal (artesanato com capim-dourado e buriti), presença de espécies exóticas (criações e cultivos domésticos), uso regular de queimadas, estradas e visitação.

Fontes

http://sistemas.mma.gov.br/portalcnuc/rel/index.php?fuseaction=portal.exibeUc&idUc=1486

http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/plano-de-manejo-do-parque-estadual-do-jalapao-to.pdf

http://jalapao.to.gov.br/