Estação Ecológica de Maracá
Estação Ecológica de Maracá |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Roraima |
Município: Alto Alegre e Amajari |
Categoria: Estação Ecológica |
Bioma: Amazônia |
Área: 103.518,66 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto Federal nº 86.061 de 2 de junho de 1981. |
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio. |
Contatos: Unidade de Conservação:
Endereço: Rua Alfredo Cruz, 283 - centro - Boa Vista/RR CEP: 69.301-140 E-mail: 1. esecmaraca@icmbio.gov.br 2. marcelo.carvalho@icmbio.gov.br 3. bruno-campos.souza@icmbio.gov.br Telefone: 1. (95) 3623-3250 |
Índice
Localização
Como chegar
Ingressos
A categoria desta unidade não permite visitação turística ou recreativa, sendo admitidos os casos ligados à Educação Ambiental e Pesquisa Científica. Neste sentido, as visitas devem ser agendadas previamente com a administração da unidade.
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Preservar o ambiente natural da terceira maior ilha fluvial do Brasil, que integra um arquipélago em uma zona de transição lavrado e floresta, com suas particularidades da fauna e flora, estimulando o desenvolvimento de pesquisas científicas e promovendo a conscientização ambiental e a integração com a sociedade.
Histórico
A Estação Ecológica de Maracá foi criada no dia 2 de junho de 1981 pelo Decreto Federal nº 86.061. A ideia surgiu na Secretaria Especial de Meio Ambiente (Sema), órgão ligado à Presidência da República, dirigida então pelo ambientalista Paulo Nogueira Neto.
Ao ser informado no final da década de 70 do interesse de se construir um presídio na ilha de Maracá e conhecendo a importância ecológica das ilhas para conservação da biodiversidade, ele providenciou uma visita técnica e um sobrevoo ao local. Logo em seguida, propôs a criação na área Estação Ecológica de Maracá, juntamente com outras sete estações ecológicas. Até então, não existia no País nenhuma categoria de unidade de conservação voltada à pesquisa científica.
Atrações
Aspectos naturais
A unidade de conservação está inserida no bioma amazônico, em área de transição floresta-lavrado (savana). Possui ecossistemas de floresta tropical úmida, floresta estacional semidecidual (floresta monodominante de roxinho - Peltogyne) e três categorias de lavrado (savana). Conta ainda com buritizais, vegetação sobre afloramentos rochosos e vegetação aquática em lagos sazonais.
Relevo e clima
O relevo varia de 200m a 400m de altitude.
O clima é equatorial quente e úmido.
Fauna e flora
Os levantamentos estão a cargo de pesquisadores do INPA e da USP, já com coletas realizadas em 2007 e 2008, onde preliminarmente identificaram 270 espécies (estes dados estão ainda sob gerenciamento dos mesmos para publicação). A Herpetofauna também vem recebendo atenção desde os primeiros projetos, tendo sido uma espécie descrita a partir de pesquisas nesta unidade, Mabuya carvalhoi (Rebouças & Vanzolini, 1990). No total são 66 espécies distribuídas em 55 gêneros e 20 famílias. A avefauna está atualmente compondo uma lista de 446 espécies e estas estão distribuídas em floresta (293 spp.) e savanas (153 spp.). A riqueza de espécies de aves em Maracá apóia a hipótese de que a riqueza de aves na Amazônia é maior nas margens do que no centro desta região. Quatro tipos de bandos mistos foram registrados em Maracá: dois em um campo sazonalmente alagado (granívoros e piscívoros) e dois em habitats florestais (insetívoros no sub-bosque e insetívoros mais insetívoros-frugívoros de copa). A avifauna das savanas de Maracá está mais relacionada àquela das savanas da Venezuela e Colômbia do que das savanas do Brasil Central. A comunidade de mamíferos em Maracá tem sido estudada pontualmente e os resultados dos trabalhos apontam que os roedores e carnívoros são os que mais contribuem para a riqueza local. Os registros mostram 47 espécies de morcegos, 28 espécies de pequenos mamíferos, sendo que 25 são roedores (Rodentia), 2 marsupiais (Marsupialis) e um coelho (Lagomorpha). Para os primatas são 05 espécies, dentre elas, o macaco-aranha (Ateles belzebuth belzebuth). Quanto aos carnívoros são 15 espécies, incluindo onça pintada e outros gatos menores. Há ainda citação de ocorrência de 02 espécies de boto (Cetatacea), de 11 espécies de Xenartha sendo, três tamanduás, três preguiças e cinco tatus. A fauna presente em Maracá se encontra relativamente bem protegida pela dificuldade de acesso e pelo isolamento natural do sistema de ilhas.