Parque Nacional da Lagoa do Peixe
Parque Nacional da Lagoa do Peixe |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Rio Grande do Sul |
Município: Tavares, Mostardas e São José do Norte |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 34.400 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto n.º 93.546 de 06 de novembro de 1986. |
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) |
Contatos: Tel: (51) 3673-2435 Endereço sede: Praça Luis Martins, 30. E-mail: lagoadopeixe@terra.com.br |
Índice
Localização
O Parque está localizado na península da Lagoa do Patos (RS), no litoral do Rio Grande do Sul e abrange os municípios de Tavares e Mostardas e São José do Norte.
Como chegar
Da rodoviária de Porto Alegre pegar um ônibus da empresa PALMARES para Tavares/Mostardas. A viagem tem duração de 5 horas. Mais informações no site http://www.rodoviaria-poa.com.br.
De carro, seguir pela rodovia estadual RS-040 até entroncamento com RS-776 para Palmares do Sul. Seguir até entroncamento com BR-101 para Mostardas e Tavares.
Até a beira da lagoa não existe transporte público, é preciso portanto contratar uma operadora de turismo, ir de táxi ou fazer o percurso a pé, através de duas trilhas (do Talhamar e da Figueira), com mais de 10km cada.
Ingressos
O serviço de atendimento ao turista está aberto de segunda a sexta-feira - das 8h30min às 12 e das 13h30min às 18h, mediante agendamento.
O parque está aberto a semana toda, inclusive finais-de-semana e a visitação é gratuita, mas não possui guia.
Os meses de outubro a março é a melhor temporada para visitar. Mas no inverno pode-se encontrar mais mamíferos e cetáceos
Onde ficar
É proibido acampar no parque.
Em Mostardas e Tavares é possível encontrar guias do Ibama para visitas monitoradas. Essas duas cidades, que ficam a 25 km e 5 km do parque, respectivamente, oferecem hotéis, pousadas e restaurantes.
Objetivos específicos da unidade
A UC tem como objetivo específico a conservação dos recursos naturais voltados para a preservação das ves migratórias da Lagoa do Peixe.
Histórico
As tribos de índios Tupi-Guarani habitavam a região do Parque há mais de 400 anos.
A região foi colonizada por açorianos e o nome da unidade se deve à importância da Lagoa dos Peixes, na verdade uma laguna, dentro do ecossistema, a maior e mais procurada pelas aves para a alimentação.
Atrações
O parque é ótimo lugar para a observação de aves. Centenas delas se amontoam nas águas rasas da Lagoa do Peixe. Pode-se observar também a baleia franca, entre os meses de julho e outubro, que migram para Santa Catarina. As praias desertas escondem preciosidades, como o Farol da Solidão e o Farol de Mostardas, construído em 1858.
No parque, é possível observar aves como gansos marinhos, cisnes, marrecos, flamingos, maçaricos, gaivotas, mariquita, pula-pula, entre outros.
Há trilhas que podem ser percorridas a pé como a trilha do Talhamar (percurso de 12 km), a trilha da Figueira (1,5 km) e a trilha das Dunas (10 km).
Com um veículo 4x4, pode-se seguir pela BR-101 até São José do Norte na chamada "Estrada do Inferno" que é completamente deserta. Em setembro, centenas de margaridas cobrem as dunas.
Aspectos naturais
O lugar é conhecido como o paraíso das aves migratórias. O parque está localizado em uma extensa planície costeira arenosa e tem uma paisagem comporta por mata de restinga, banhados, campos de dunas, lagoas de água doce e salobra, assim como praias e área marinha.
A Lagoa do Peixe é rasa com 60 cm de profundidade e possui 35 km de comprimento e 2 km de largura. Ela é formada por uma sucessão de pequenas lagoas interligadas e serve como um berçário natural para espécies marinhas como o camarão-rosa, a tainha e o linguado.
A UC preserva um importante ecossistema costeiro. Na região, vivem algumas comunidades de pescadores, descendentes dos lusitanos, sobrevivendo da pesca artesanal do camarão no verão e da tainha no inverno.
Relevo e clima
O clima é subtropical úmido, apresentando temperatura média de 16,5º C. O período de menos frio vai de setembro a março. Nessa época há muitos mosquitos na região.
O parque apresenta uma área de vasta planície arenosa, resultante das extensas restingas que barram as lagoas costeiras e sua altitude varia até 25 metros.
Fauna e flora
Pela lagoa, circulam 182 espécies de aves, sendo 26 delas migratórias do hemisfério norte e 5 do sul. A observação de aves é a sua principal atração turística.
Do Chile e da Argentina, chegam os flamingos. Do norte vem o maçarico-de-peito-vermelho. O parque ainda possui mamíferos como a capivara e o tamanduá e um réptil ameaçado de extinção, o jacaré-de-papo-amarelo. Na lista das espécies ameaçadas, estão o gavião-cinza, a gaivota-de-rabo-preto, sanã-cinza e Ttinta-réis-real.
Problemas e ameaças
O maior entrave para a proteção da UC é a questão fundiária. Em duas décadas, menos de 10% da área ocupada pelo Parque foi desapropriada o que dificulta a sua proteção e causa conflitos.
Algumas atividades conflitantes com a unidade são a ocupação humana, a pesca, a agricultura, a pecuária e a caça.
A região tem como principais atividades a cultura de arroz e a pesca de camarões e tainhas.
Fontes
http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/297/
https://www.facebook.com/parnalagoadopeixe
Decreto de criação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/1985-1987/D93546.htm
http://www.turismo.rs.gov.br/portal/index.php?q=atrativo&id=141&bd=&fg=2
http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/rio-grande-do-sul/parque-nacional/lagoa-do-peixe/
http://www.brasilturismo.com/parquesnacionais/parque-nacional-da-lagoadopeixe.php
http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/avesmigratorias/sul/AvesSUL_peixes.pdf
Plano de Manejo, 1999: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_lagoa-do-peixe.pdf