Mudanças entre as edições de "Monumento Natural do Rio São Francisco"
(Criou página com '{{Parks |Introducao=O Monumento Natural (MoNa) do Rio São Francisco é a primeira - e única, até o momento - unidade de conservação dessa categoria a ser criada em âmbit...') |
|||
Linha 18: | Linha 18: | ||
'''E-mail:''' riosaofrancisco@icmbio.gov.br | '''E-mail:''' riosaofrancisco@icmbio.gov.br | ||
|Location=O Monumento Natural do Rio São Francisco está localizado entre três estados: Alagoas, Sergipe e Bahia. | |Location=O Monumento Natural do Rio São Francisco está localizado entre três estados: Alagoas, Sergipe e Bahia. | ||
+ | |Where to stay=No município de Canindé de São Francisco, do lado do estado de Sergipe, há uma ampla infraestrutura turística e uma grande variedade de hotéis dedicada ao receptivo de visitantes que desejam fazer passeios no Monumento Natural Rio São Francisco. Do lado alagoano, a cidade de Piranhas também possui diversas opções de hospedagem. | ||
|Objectives=Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. | |Objectives=Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. | ||
− | |Features=Na área protegida pelo Monumento Natural do Rio São Francisco estão cânions formados às margens do rio São Francisco. Entre as atrações, como o Cânion do Xingó, está nadar no Velho Chico e contemplar as formações rochosas que ladeiam o curso d'água. | + | |History=As competências de limitações da área estão dispostas no Decreto-Lei s/nº que a criou em 2009. Neste sentido, o Art. 5º determina que “Ficam permitidas a pesca artesanal e a agropecuária de baixo impacto, em áreas já utilizadas para este fim antes da criação do Monumento Natural do Rio São Francisco, desde que de forma sustentável e compatíveis com os objetivos da unidade, conforme regras estabelecidas em seu plano de manejo”. Já o Art. 6º especifica que “Fica assegurada a liberdade de navegação no Monumento Natural do Rio São Francisco, respeitadas as disposições do plano de manejo e dependendo de prévia anuência da autoridade naval competente”. |
− | |Natural aspects=O MoNa está inserido no bioma Caatinga. | + | |Features=Na área protegida pelo Monumento Natural do Rio São Francisco estão cânions formados às margens do rio São Francisco. Entre as atrações, como o Cânion do Xingó, está nadar no Velho Chico, nome pelo qual o rio é popularmente conhecido, e contemplar as formações rochosas que ladeiam o curso d'água. |
+ | |||
+ | A beleza cênica do Mona São Francisco é plenamente utilizada pelo turismo fluvial que desfruta do percurso que o rio São Francisco dispõe. Atualmente, a região do entorno de Xingó conta com aproximadamente 60 hotéis, pousadas e alojamentos, onde são oferecidos, aos turistas, passeios de Catamarã pelos cânions e águas geladas do São Francisco. Mas é em Piranhas que a indústria do turismo explora a história do cangaço sobre Lampião e o seu bando. | ||
+ | |Natural aspects=O MoNa está inserido no bioma Caatinga, localizado entre magníficos paredões rochosos e um grande espelho d'água formado pelo lago da Usina Hidrelétrica de Xingó, instalada no rio São Francisco. | ||
+ | |||
+ | A vegetação presente na área é resultante de ambientes geologicamente distintos, nos quais está inserida a bacia sedimentar do Arenito Tucano-Jatobá e o Complexo Granitóide do Embasamento Cristalino. | ||
+ | |Geography and climate=O relevo é marcado pelos paredões rochosos e compreende ondulações suave ondulado da Depressão sertaneja a escarpado, que são encontradas formando o cânion do rio São Francisco. | ||
+ | |||
+ | A área apresenta clima tropical do tipo semiárido, marcado pela precipitação escassa e mal distribuída durante o ano e, com períodos secos, de aproximadamente dos 10 meses. O período chuvoso vai de maio a junho, com maior precipitação em maio. As precipitações anuais ficam entre 500mm e 700mm. A temperatura oscila pouco, com médias anuais de 25°C, ultrapassando 27°C nos meses mais quentes, e caindo para 20ºC, nos meses mais | ||
+ | frios. Em geral, cerca de 60% a 75% das chuvas ocorrem no período de verão-outono, podendo estender até junho a julho. O período de menor precipitação vai de setembro a janeiro, sendo outubro o mês mais seco. | ||
+ | |Fauna and flora=A região do MoNa acomoda remanescentes florestais de Caatinga de fisionomias de Mata Ciliar, Caatinga Arbórea, Arbustiva e vegetação rupestre, com alta diversidade florística e faunística. | ||
+ | |||
+ | A vegetação de Caatinga apresenta adaptações anatômicas e fisiológicas relacionadas ao clima. Esta vegetação caracteriza-se pela presença de árvores e arbustos deciduais, constituindo-se ainda do domínio das plantas suculentas espinhosas e de herbáceas temporárias que se desenvolvem no período chuvoso. | ||
+ | |||
+ | Na área do MONA do rio São Francisco, a vegetação de Caatinga apresenta-se alterada, devido aos impactos da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó e, além da retirada das espécies vegetais para a produção de lenha e carvão envolve o corte raso, ocasionando a perda de habitat para várias espécies animais. A regeneração da vegetação torna a composição florística diferente da original, sendo que nos primeiros estágios da sucessão | ||
+ | vegetacional predominam as espécies: catingueira (''Poincianella pyramidalis''), pinhão-bravo (''Jatropha mollissima''), pereiro (''Aspidosperma pyrifolium''), malva ou ervaço (''Sida galheirensis'') e velame (''Croton heliotropiifolius''). No entanto, algumas espécies têm regeneração mais lenta como ipê-amarelo (''Tabebuia aurea''), ipê-roxo (''Handroanthus impetiginosus''), braúna-do-sertão (''Schinopsis brasiliensis'') , aroeira (''Myracrodruon urundeuva'') e imburana (''Commiphora leptophloeos''). | ||
+ | |Threats and problems=A pressão antrópica no MONA São Francisco, que gera conflitos socioambientais, é exercida sobre quatro formas principais: turismo, cultivo de peixes em tanque-rede, invasões de terras às margens do lago da Usina Hidrelétrica de Xingó, e atividades agrícolas. | ||
|Sources=[http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/rio%20sao%20franscisco.pdf Decreto de Criação do MoNa do Rio São Francisco] | |Sources=[http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/rio%20sao%20franscisco.pdf Decreto de Criação do MoNa do Rio São Francisco] | ||
Linha 26: | Linha 43: | ||
http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/caatinga/unidades-de-conservacao-caatinga/2128-mn-do-rio-sao-francisco | http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/caatinga/unidades-de-conservacao-caatinga/2128-mn-do-rio-sao-francisco | ||
+ | |||
+ | http://www.fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4936:monasaofrancisco&catid=89:cieg&Itemid=800 | ||
+ | |||
+ | http://www.fundaj.gov.br/images/stories/cieg/CAPITULOS/cap.%207%20mona%20do%20so%20francisco.compressed.pdf | ||
}} | }} |
Edição atual tal como às 14h08min de 22 de novembro de 2017
O Monumento Natural (MoNa) do Rio São Francisco é a primeira - e única, até o momento - unidade de conservação dessa categoria a ser criada em âmbito federal. Com o objetivo de preservar uma importante área da Bacia do São Francisco, o MoNa abrange três estados: Sergipe, Alagoas e Bahia.
Monumento Natural do Rio São Francisco |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Alagoas |
Município: Delmiro Gouveia (AL), Olho D'Água do Casado (AL), Piranhas (AL), Paulo Afonso (BA), Canindé de São Francisco (SE) |
Categoria: Monumento Natural |
Bioma: Caatinga |
Área: 26.736,30 hectares |
Diploma legal de criação: Dec s/n.º, de 05 de junho de 2009. |
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - CR6 - Cabedelo/PB |
Contatos: Telefone: (75) 3282-5306
E-mail: riosaofrancisco@icmbio.gov.br |
Índice
Localização
O Monumento Natural do Rio São Francisco está localizado entre três estados: Alagoas, Sergipe e Bahia.
Como chegar
Ingressos
Onde ficar
No município de Canindé de São Francisco, do lado do estado de Sergipe, há uma ampla infraestrutura turística e uma grande variedade de hotéis dedicada ao receptivo de visitantes que desejam fazer passeios no Monumento Natural Rio São Francisco. Do lado alagoano, a cidade de Piranhas também possui diversas opções de hospedagem.
Objetivos específicos da unidade
Preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Histórico
As competências de limitações da área estão dispostas no Decreto-Lei s/nº que a criou em 2009. Neste sentido, o Art. 5º determina que “Ficam permitidas a pesca artesanal e a agropecuária de baixo impacto, em áreas já utilizadas para este fim antes da criação do Monumento Natural do Rio São Francisco, desde que de forma sustentável e compatíveis com os objetivos da unidade, conforme regras estabelecidas em seu plano de manejo”. Já o Art. 6º especifica que “Fica assegurada a liberdade de navegação no Monumento Natural do Rio São Francisco, respeitadas as disposições do plano de manejo e dependendo de prévia anuência da autoridade naval competente”.
Atrações
Na área protegida pelo Monumento Natural do Rio São Francisco estão cânions formados às margens do rio São Francisco. Entre as atrações, como o Cânion do Xingó, está nadar no Velho Chico, nome pelo qual o rio é popularmente conhecido, e contemplar as formações rochosas que ladeiam o curso d'água.
A beleza cênica do Mona São Francisco é plenamente utilizada pelo turismo fluvial que desfruta do percurso que o rio São Francisco dispõe. Atualmente, a região do entorno de Xingó conta com aproximadamente 60 hotéis, pousadas e alojamentos, onde são oferecidos, aos turistas, passeios de Catamarã pelos cânions e águas geladas do São Francisco. Mas é em Piranhas que a indústria do turismo explora a história do cangaço sobre Lampião e o seu bando.
Aspectos naturais
O MoNa está inserido no bioma Caatinga, localizado entre magníficos paredões rochosos e um grande espelho d'água formado pelo lago da Usina Hidrelétrica de Xingó, instalada no rio São Francisco.
A vegetação presente na área é resultante de ambientes geologicamente distintos, nos quais está inserida a bacia sedimentar do Arenito Tucano-Jatobá e o Complexo Granitóide do Embasamento Cristalino.
Relevo e clima
O relevo é marcado pelos paredões rochosos e compreende ondulações suave ondulado da Depressão sertaneja a escarpado, que são encontradas formando o cânion do rio São Francisco.
A área apresenta clima tropical do tipo semiárido, marcado pela precipitação escassa e mal distribuída durante o ano e, com períodos secos, de aproximadamente dos 10 meses. O período chuvoso vai de maio a junho, com maior precipitação em maio. As precipitações anuais ficam entre 500mm e 700mm. A temperatura oscila pouco, com médias anuais de 25°C, ultrapassando 27°C nos meses mais quentes, e caindo para 20ºC, nos meses mais frios. Em geral, cerca de 60% a 75% das chuvas ocorrem no período de verão-outono, podendo estender até junho a julho. O período de menor precipitação vai de setembro a janeiro, sendo outubro o mês mais seco.
Fauna e flora
A região do MoNa acomoda remanescentes florestais de Caatinga de fisionomias de Mata Ciliar, Caatinga Arbórea, Arbustiva e vegetação rupestre, com alta diversidade florística e faunística.
A vegetação de Caatinga apresenta adaptações anatômicas e fisiológicas relacionadas ao clima. Esta vegetação caracteriza-se pela presença de árvores e arbustos deciduais, constituindo-se ainda do domínio das plantas suculentas espinhosas e de herbáceas temporárias que se desenvolvem no período chuvoso.
Na área do MONA do rio São Francisco, a vegetação de Caatinga apresenta-se alterada, devido aos impactos da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó e, além da retirada das espécies vegetais para a produção de lenha e carvão envolve o corte raso, ocasionando a perda de habitat para várias espécies animais. A regeneração da vegetação torna a composição florística diferente da original, sendo que nos primeiros estágios da sucessão
vegetacional predominam as espécies: catingueira (Poincianella pyramidalis), pinhão-bravo (Jatropha mollissima), pereiro (Aspidosperma pyrifolium), malva ou ervaço (Sida galheirensis) e velame (Croton heliotropiifolius). No entanto, algumas espécies têm regeneração mais lenta como ipê-amarelo (Tabebuia aurea), ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus), braúna-do-sertão (Schinopsis brasiliensis) , aroeira (Myracrodruon urundeuva) e imburana (Commiphora leptophloeos).
Problemas e ameaças
A pressão antrópica no MONA São Francisco, que gera conflitos socioambientais, é exercida sobre quatro formas principais: turismo, cultivo de peixes em tanque-rede, invasões de terras às margens do lago da Usina Hidrelétrica de Xingó, e atividades agrícolas.