Parque Nacional do Rio Novo

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O Parque Nacional do Rio Novo foi criado em 2006 e compreende uma área de 538.151 hectares no interior do Pará.


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Parque Nacional do Rio Novo
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Para
Município: Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso
Categoria: Parque
Bioma: Amazônia
Área: 538.151 hectares
Diploma legal de criação: Decreto s/n° de 13 de fevereiro de 2006.
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
Contatos: Endereço sede: Av. Marechal Rondon, s/n°

Aeroporto Velho, Itaituba, Pará
CEP: 68.181-010

Localização

O Parque está localizado na região dos municípios de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso, a 1.600 quilômetros de distância da capital paraense, Belém.

Como chegar

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Ingressos

No Parque, as principais visitações são de pesquisadores para estudo do bioma local.

Onde ficar

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Objetivos específicos da unidade

O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e de turismo ecológico.

Histórico

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Atrações

O Sudoeste do Pará tem potencial para o ecoturismo, mas sua prática ainda é incipiente.

Aspectos naturais

A UC foi constituída para a proteção da flora e fauna da região pertencente à Floresta Amazônica de transição.

Solo

No Parque Nacional do Rio Novo é possível identificar quatro tipos de solo, com amplo domínio de argilossolos vermelho-amarelos, que se distribuem por toda a área. Também ocorrem na UC pequenas porções de neossolos quartzarênicos (sudoeste da região) e litólicos (extremos leste e oeste) e de latossolos vermelho-amarelos (sul). Os Argissolos Vermelho-Amarelos são solos bem desenvolvidos que apresentam gradiente de textura em profundidade, com horizonte B textural de acumulação de argila. As cores vermelho-amareladas ocorrem pela presença de óxidos de ferro, hematita e goethita. São solos profundos e muito profundos, bem estruturados e bem drenados, com predominância de horizonte superficial A do tipo moderado e proeminente, textura média/argilosa e baixa fertilidade natural.

Geologia

O PARNA do Rio Novo está localizado na porção centro-sul do Cráton Amazônico, mais especificamente sobre o Escudo Brasil Central e a Bacia do Amazonas e Solimões. Como parte desse cráton, rochas pré-cambrianas ocupam a maior parte da região, na qual se destacam domínios tectônicos pré-cambrianos do Domínio Tapajós, onde ocorrem granitóides das Suítes Intrusivas Creporizão e Parauari, granitos da Suíte Intrusiva Maloquinha, granito-gnaisses do Complexo Cuiú-Cuiú e gabros do Gabro Serra Comprida. A porção sul da UC é ocupada pela Bacia do Alto Tapajós, bacia intracratônica de idades proterozóica e paleozóica, onde afloram arenitos intercalados com siltitos e argilitos avermelhados da Formação Capoeiras (Vasquez e Rosa-Costa, 2008).

Hidrologia

O parque está localizado dentro da Bacia Hidrográfica dos Rios Jamanxim e Crepori, próximo ao divisor de águas (Serra do Cachimbo) com a Bacia Hidrográfica do Rio Teles Pires, englobando uma importante região de nascentes. Todas estas bacias hidrográficas compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Tapajós. O Rio Novo é o principal rio que corre no interior do parque, resultante do encontro dos rios Inambé e Marrom, sendo um dos principais afluentes do Rio Jamanxim. Uma parcela do parque está na bacia hidrográfica do rio Crepori, estando entre a calha do rio Crepori e do seu afluente o rio Marupá. Devido à diferença de altitude entre a porção sul e a norte do parque, existem diversas cachoeiras e córregos na unidade. Alguns córregos possuem água de boa qualidade, porém a maior parte deles está comprometida com a atividade garimpeira ilegal existente na região.

Relevo e clima

O PARNA do Rio Novo está localizado no Domínio Morfoestrutural dos Crátons Neoproterozóicos, em que se destaca a baixa amplitude de relevo, representado principalmente por planaltos e depressões. A porção leste da UC é dominada pela unidade geomorfológica Depressão do Jamanxim-Xingu, que apresenta predomínio de superfícies aplainadas, com cotas entre 100 e 400m, que se elevam em pequenas porções dos Planaltos Residuais do Sul do Pará, os quais apresentam variados padrões de relevo, compostos por alinhamentos serranos com aspecto montanhoso, agrupamentos de morros e serras baixas, com cotas que variam entre 350 e 750m. A porção oeste é dominada pelo Planalto do Parauari-Tropas, caracterizado por uma extensa região movimentada, colinas dissecadas e morros, com cotas entre 150 e 400m. A porção sudoeste é dominada pelas Serras do Cachimbo, representadas por extensas superfícies tabulares com destaque para uma superfície cimeira não dissecada de topos planos, com cotas que variam entre 500 e 650m, que decrescem levemente de norte a sul; sua face norte é caracterizada por uma brusca escarpa erosiva, com desnivelamentos em torno de 200 a 400m (João et al., 2013).

Fauna e flora

O parque está localizado em uma zona de ecótono de cerrado com floresta amazônica, sendo encontradas pelo menos 6 tipos de fisionomias distintas de vegetação, devido à diferença de gradiente altitudinal, dado pela presença da Serra do Cachimbo e de planícies amazônicas. A quantidade de estudos na região sobre a vegetação ainda é escassa, mas espera-se que uma alta diversidade de espécies vegetais seja encontrada no parque.

Problemas e ameaças

Um dos problemas é a difícil gestão do parque, dado que as comunidades locais não apóiam os objetivos da UC e as grandes distância, assim como a falta de servidores impedem a administração da unidade.

A extração mineral tem um impacto severo sobre a região a longo prazo.

Fontes

http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/366/

http://www.brasil.gov.br/localizacao/parques-nacionais-e-reservas-ambientais/parque-nacional-do-rio-novo-pa


http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1986-parna-do-rio-novo.html

Decreto de criação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Dnn/Dnn10773.htm

http://www.oeco.org.br/monitor/18474-oeco28451