Parque Nacional do Jaú

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Parque Nacional do Jaú
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Amazonas
Município: Novo Airão e Barcelos
Categoria: Parque
Bioma: Amazônia
Área: 2.367.333 hectares
Diploma legal de criação: Decreto n° 85.200, de 24 de setembro de 1980.
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
Contatos: Tel: : (92) 3365-1345

Endereço sede:
Rua Antenor Carlos Frederico, 69, Novo Airão/AM CEP 69730-000 Email: parnajau@icmbio.gov.br

Localização

Localiza-se nas cidades de Novo Airão e Barcelos, a 220 km da capital do Amazonas, Manaus.

Como chegar

É possível chegar ao Parque combinando vias aérea, rodoviária e fluvial. • Partindo diretamente de Manaus:

Rota Fluvial – O deslocamento pode ser feito através de embarcações regionais, que levam em média 14 a 18 horas, ou voadeiras, que levam 5 horas. Diversos operadores de turismo trabalham com a rota Manaus – Parque Nacional do Jaú.

Rota Aérea – Por meio de hidroavião monomotor, bimotor ou helicópteros fretados em Manaus. Um hidroavião monomotor leva cerca de 1 hora de viagem; um bimotor cerca de 45 minutos e um helicóptero em torno de 1 hora. Nesse caso, o visitante precisará providenciar voadeiras para realizar os passeios no parque.


• Passando por Novo Airão, existem algumas alternativas:

Rota terrestre de Manaus para Novo Airão – Este trajeto pode ser feito em veículo particular, ônibus intermunicipal, táxi-lotação ou embarcação.

Novo Airão fica a 187 km de Manaus, com acesso pelas rodovias AM – 070 e AM - 352. O acesso a Novo Airão realiza-se a partir da rodovia que liga Manaus a Manacapuru (AM – 070), após a travessia da Ponte do Rio Negro. Feita a travessia, dirija-se em direção a Manacapuru por cerca de 80 Km e antes de chegar à sede do município, siga por mais 98 Km até Novo Airão, através da AM – 352. As duas rodovias são pavimentadas, estando a primeira com cerca de 35 km duplicados e o restante do percurso em estado de conservação que não é bom.

Existem ônibus que fazem o percurso Manaus - Novo Airão diariamente. O ônibus sai do terminal rodoviário de Manaus e leva aproximadamente 4 horas de viagem. Uma terceira opção é pegar um táxi-lotação para Novo Airão. Os táxis ficam estacionados no início da Ponte do Rio Negro, na cidade de Manaus. A viagem leva aproximadamente 2h30.

Os telefones da cooperativa de taxi são: Em Manaus: (92) 99428-0595 Em Novo Airão: (92) 99168-0804

Rota Fluvial – Existem embarcações de linha, recreio, que fazem o percurso de Manaus a Novo Airão. Os barcos do tipo recreio que saem de Manaus, do Porto São Raimundo, e levam em torno de 8 horas até Novo Airão. Eles transitam pela hidrovia do rio Negro, passando pelo Parque Nacional do Jaú. De Novo Airão até o parque não existe transporte regular, mas é possível contratar empresas operadoras de turismo ou barcos das associações de transportes turísticos locais.

Ingressos

Atualmente não é feita cobrança da taxa de entrada no Parque, mas é necessário ter uma autorização de entrada, através do preenchimento de um formulário com as informações sobre os visitantes e da visita.

É possível obter a autorização através de e-mail (parnajau@icmbio.gov.br) ou diretamente no escritório do parque, em horário comercial.

A permanência no parque está permitida 24 horas, mas a passagem de entrada e saída na base avançada do Parque Nacional do Jaú deve ocorrer entre 7h e 20h.

Onde ficar

O Parque Nacional do Jaú possui uma base onde onde os visitantes fazem o registro de entrada e podem obter informações sobre o parque.

A recomendação é passar pelo menos dois dias para conhecer o parque, pois os trajetos são percorridos em barcos. Para chegar à base do Parque leva-se 3 horas em lanchas e para alcançar os atrativos mais visitados (Carabinani e Itaubal), são mais cerca de 1 horas.

Objetivos específicos da unidade

A missão do parque é preservar o ecossistema amazônico de água preta a partir da sensibilização pela educação ambiental, da interação com as comunidades locais, do turismo sustentável e da busca pelo conhecimento com incentivo à pesquisa, cumprindo seu objetivo enquanto megarreserva e sítio do patrimônio mundial natural para as gerações atuais e futuras.

Histórico

A UC tem esse nome por situar-se na bacia do rio Jaú, nome em tupi que deriva de um dos maiores peixes brasileiros. A criação do Parna fez parte de um processo histórico que se iniciou a partir de meados da década de 1970 com a realização de estudos de áreas amazônicas com potencial para serem convertidas em reservas biológicas.

O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) propôs a troca da categoria de manejo de Reserva Biológica para Parque Nacional.

O cenário histórico da formação de toda a região também apresenta importantes peculiaridades, pois o Parque Nacional do Jaú está assentado tanto sobre formações geológicas antigas de 100 a mais de 500 milhões de anos, bem como sobre formações geologicamente mais recentes, cerca de dois a seis milhões de anos.

O parque abriga também relíquias da história da ocupação humana na região. Foram identificados alguns sítios arqueológicos e diversas inscrições em pedras (petroglífos). A região do Parque foi o primeiro pólo de colonização na Amazônia por indígenas, marcado por batalhas pela posse do território.

O Parna do Jaú é o segundo maior parque nacional brasileiro e a maior área florestal tropical contínua do mundo.

Atrações

O período de seca e cheia na Amazônia proporciona diferentes paisagens. Durante o período de seca é possível visitar as praias e fica mais difícil adentrar a mata de igapó. O Parna tem potencial turístico ainda inexplorado para trilhas, navegação e camping.

Dentro do parque existem cerca de 200 famílias de caboclos ribeirinhos, vivendo da pesca, da roça de mandioca e da coleta de frutas e cipó. A maior comunidade dentro do rio Jaú é o Tambor.

Entre os meses de março e julho há a possibilidade de fazer excursão na floresta de igapó. Do final do mês de agosto e no mês de setembro, é possível ter acesso às cachoeiras (ou corredeiras), praias e petróglifos.

É possível fazer uma observação da avifauna, da vegetação de igapó e de seus aromas exóticos, avistar ariranhas (com canoa ou motor a baixa velocidade).

- Tomar banho nas corredeiras dos rio Carabinani e Jaú: é uma atividade sazonal específica da época da seca, por ser acessível somente por via fluvial. Desde a base do ICMBio, o acesso às corredeiras do rio Carabinani se faz em uma hora, com embarcação motorizada. Para atingir a primeira corredeira do rio Jaú, o visitante levará cerca de duas horas. Na cachoeira do Jaú existe uma pequena trilha de acesso a uma Sumaúma.

- Trilha do Itaubal: situa-se próxima à comunidade de Seringalzinho e começa na margem do rio Jaú. O acesso à trilha é feito por via fluvial a partir da base do ICMBio (aproximadamente 1 hora) até o início da trilha que pode ser utilizada o ano inteiro. A trilha atravessa áreas representativas da Floresta Ombrófila e de regeneração. O roteiro permite observar a flora amazônica, mas a trilha apresenta um grau médio de dificuldade com terreno ondulado, tipo platô, algumas subidas e descidas com travessia de pequenos riachos. É possível banhar-se ao final da trilha numa pequena cachoeira de aproximadamente 3 metros de altura, após 1 hora de caminhada.

- Petróglifos: O sítio arqueológico situa-se na entrada do Parque Nacional do Jaú, no Lago São João, e somente éacessível durante a época da seca. Apesar disso, a qualidade dos petróglifos justifica a inclusão do sítio no roteiro das visitas, mesmo que sazonalmente. O local do sítio arqueológico situa-se a 10 minutos da base do ICMBio e a cerca de 5 minutos do sítio histórico de Airão. Seu acesso é por via fluvial. Os visitantes deixam a embarcação na praia e visitam o sítio a pé.

A excursão é uma viagem à pré-história do baixo rio Negro que preserva um número importante de inscrições visíveis.

- Sítio histórico de Airão: localizado no entorno do Parque com grande importância para a história da região. A área ainda não foi tombada e carece de um plano de visitação adequado à importância da área.

Airão, usualmente chamado de Velho Airão, situa-se na margem direita do rio Negro. A área total do sítio cobre 233.641 m², com um perímetro de cerca de 2 km. A área de interesse para a visitação não ultrapassa uma caminhada de 800 metros e preserva vestígios do século XVIII e da época da borracha. Os visitantes chegam de barco e seguem a visita a pé. O trajeto desde a base do IBAMA é de 6,2 km, a bordo de uma embarcação motorizada, demora 20 minutos.

Outros destaques vão para a praia/ilha da Camutirana próxima à entrada do Parna do Jaú, em frente à Comunidade de Santo Elias; a Mata de Igapó; e a vista do pôr-do-sol em rio de água preta (espelho d’água).

Aspectos naturais

O Parque Nacional do Jaú é a quarta maior reserva florestal do Brasil e o terceiro maior parque do mundo em floresta tropical úmida intacta. Em 2000, o Parque foi inscrito pela UNESCO na lista do Patrimônio Mundial por contar com a exuberância da Floresta Amazônica e toda sua biodiversidade de flora e fauna. O Parna também faz parte do Corredor Central da Amazônia e é uma das reservas mais representativas da flora e fauna das bacias de águas pretas na Amazônia Central.

Uma das peculiaridades é o fato de ser esta a única Unidade de Conservação do Brasil que protege totalmente a bacia de um rio extenso e volumoso: a do rio Jaú de aproximadamente 450 km, preservando o ecossistema de águas pretas.

Os rios, lagos e igarapés no Parque são muito importantes para a flora e a fauna. As algas produzidos neste sistema formam a base da cadeia alimentar que inclui peixes, aves e mamíferos, inclusive o homem.

Sua biodiversidade é tão rica quanto desconhecida, abriga animais pouco conhecidos pela ciência e um dos fatores responsáveis pela ocorrência de tantas espécies no Parque é o grande número de habitats.

A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira e ou das listas estaduais de espécies ameaçadas de extinção com níveis significativos de biodiversidade. A UC ainda protege ecossistemas cuja abrangência tem diminuído significativamente.

Relevo e clima

O clima é típico de florestas tropicais constantemente úmido. O período mais chuvoso e, portanto, menos indicado para visitas, vai de dezembro a abril e menos chuvoso entre julho e setembro.

O clima na região é quente-úmido com temperaturas médias de 26 a 27ºC e pluviosidade entre 2.000 mm e 2.250 mm.

Quando à composição dos solos é podzólico vermelho-amarelo álico e plíntico, laterita hidromórfica e podzol hidromórfico.

Fauna e flora

Em sua biodiversidade tropical riquíssima existem sete tipos de vegetação amazônica. Nas áreas inundáveis das margens dos rios estão espécies como o açaizeiro e a palmeira, também encontrada nas áreas aluviais, ocasionalmente inundadas. Os terrenos de maior altitude abrigam os aburtos: amapá-doce, jarana e mangarana. Castanheiras-do-pará, maçarandubas, angelins-rajados e sucupiras são só algumas das espécies presentes na área de floresta tropical mais densa.

Há 400 espécies de plantas e 263 diferentes peixes, alguns nunca catalogados anteriormente. Sua vegetação é composta por floresta de terra firme e de igapó, caimpinaranas, buritizais e capoeiras.

Nas florestas de terra firme, existem a floresta de igapó, caimpinaranas, buritizais e capoeiras. Os estudos botânicos desenvolvidos catalogaram cerca de 400 espécies de plantas. Várias destas espécies estão restritas a determinados ambientes encontrados no Parque.

As matas de igapó e as matas de terra firme possuem composições de plantas totalmente diferentes. Espécies como a macaricuia e o macucu do igapé são encontrados exclusivamente em matas inundadas.

O parque possui 60% das espécies de peixes catalogados na Bacia do Rio Negro, destacando-se o tucunaré, o tambaqui e o pirarucu. Mais da metade das espécies de répteis típicas da região é encontrada ali. O Parna do Jaú abriga a maior variedade de aves da Amazônia Central e diversas espécies de mamíferos como a suçuarana, o gato-do-mato, a jaguatirica, a onça-pintada, além do peixe-boi, a ariranha e o boto.

Problemas e ameaças

A maior parte da área é formada por terras devolutas do Estado do Amazonas. Sob domínio privado, há cerca de 40 mil hectares, que representam 1,76% da extensão do parque. Há ainda terras de apossamento de populações tradicionais.

Na época do cadastramento de moradores, realizado em 1996, havia 886 pessoas distribuídas em 143 famílias na região. Essa população desenvolve atividades de pesca, extrativismo e agricultura de subsistência e detêm a posse de pequenas parcelas de terra às margens do rio Jaú, cuja extensão e bacia estão totalmente inseridas no parque, e nas margens do Rio Unini, limite norte da área. A remoção dessas populações apresenta ainda um desafio.

As atividades ilegais na UC são difíceis para monitorar e o valor de mercado de recursos da unidade é alto. Sem contar que o Parque é de fácil acesso para atividades ilegais e que existe uma grande demanda por recursos naturais da UC.

A caça permanece constante dentro dos limites da unidade com alto impacto a médio prazo, assim como a pesca e a agricultura.

Fontes

http://parquenacionaldojau.blogspot.com.br/p/visitacao.html

http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/391/

http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1980-parna-do-jau

http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/ucs-abertas-a-visitacao/189-parque-nacional-do-jau

Informações Básicas aos visitantes: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/o-que-fazemos/Informa%C3%A7%C3%B5es%20b%C3%A1sicas%20aos%20visitantes%20Parna%20Jau.pdf


Decreto de Criação: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_jau.pdf

http://uc.socioambiental.org/uc/3569

https://www.facebook.com/parquenacionaldojau

http://www.brasil.gov.br/localizacao/parques-nacionais-e-reservas-ambientais/parque-nacional-do-jau-2013-am

http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/amazonas/parque-nacional/jau/

IPHAN: http://www.iphan.gov.br/baixaFcdAnexo.do;jsessionid=30AA51A136D8658959400EB198C35812?id=368