Mudanças entre as edições de "Parque Estadual da Serra das Araras"

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Edição das 22h18min de 20 de junho de 2016



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Oeste: 8290666N 456649E

Parque Estadual da Serra das Araras
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Minas Gerais
Município: Chapada Gaúcha/MG
Categoria: Parque
Bioma: Cerrado
Área: 11.137 ha
Diploma legal de criação: Decreto Lei nº 39.400 de 21 de janeiro de 1988.
Coordenação regional / Vinculação: Gerência do Núcleo do IEF de São Francisco.
Contatos: Gerência Executiva: Escritório Regional Alto Médio São Francisco

Endereço: Rua 13 de Maio, 970. Bairro Vila Fátima. Januária / MG – 39480-000 Telefone: (38) 3621.2611

Sede Administrativa: IEF - Escritório Regional Alto Médio São Francisco Endereço: Rua Norberto Muniz, 10 - Distrito Serra das Araras - Chapada Gaúcha CEP 39310-000 Telefone: 38 3634-2037 e-mail: eramsfsup@ief.mg.gov.br

Localização

O Parque Estadual Serra das Araras localiza-se no extremo noroeste do estado de Minas Gerais, nas proximidades da divisa com o estado da Bahia, entre as latitudes 15o 19‘S e 15o 31‘S e as longitudes 45o 15‘W e 45o 24‘W. Localizado no município de Chapada Gaúcha, sua superfície está estimada em 11.136,86 ha.

Como chegar

Por vias terrestres:

I. Saindo de Minas Gerais:

Pela BR-040, passando 25km da entrada de Cordisburgo, segue-se pela BR-135 em direção à Montes Claros/MG. De Montes Claros há dois caminhos possíveis: (a) Seguir pela BR-135 por cerca de 160km até Januária. De Januária, seguir para Serra das Araras por cerca de 115km em estrada de terra (MG 479). São cerca de 275 km ao todo. (b) Seguir pela BR-135 por cerca de 156km até São Francisco. De São Francisco, atravessa-se o rio em balsa, seguindo para Serra das Araras, por 100km de estrada de terra. São cerca de 256 km ao todo.

II. Saindo de Brasília:

Existem três percursos para o PESA saindo do DF: (a) Pela saída Sul: pegar a BR-251 até Unaí. De Unaí, seguir até Arinos, por 150 km de asfalto, e, de Arinos, seguir 90 km de estrada de terra, até a cidade de Chapada Gaúcha e, de Chapada Gaúcha, seguir mais 30 km de estrada de terra até Serra das Araras, pela MG 479 (Januária). Ao todo são cerca de 450 km. (b) Pela saída Norte: pegar a BR-020. Passando por Formosa/GO segue-se por 18 km pela BR-020, entrando na GO-346 para Cabeceiras/GO. De Cabeceiras, seguir em direção à Buritis pela MG-202 até o entroncamento para Arinos, em trecho por estrada de terra de 42 km. Seguir para Arinos, passando por 67 km por via asfaltada. De Arinos, segue-se para Chapada Gaúcha por 90 km de estrada de terra e, de Chapada Gaúcha, seguir mais 30km de estrada de terra até Serra das Araras, pela MG 479 (Januária). Ao todo são cerca de 400 km.

Pela saída Norte: pegar a BR-020 passando por Formosa/GO seguindo para Alvorada do Norte/GO num total de 270 km. De Alvorada do Norte/GO, seguir para Formoso/MG, num trajeto de 85 km de estrada de terra. De Formoso, segue-se até a Chapada Gaúcha/MG num trajeto de 120km, também por estrada de terra e, da Chapada Gaúcha, seguir mais 30km de estrada de terra até Serra das Araras, pela MG 479 (Januária). Ao todo são cerca de 505 km.

III. Saindo da Bahia e região Nordeste:

Para quem vem do Estado da Bahia, é possível: (a) Pegar a BR-116 (Rio-Bahia), passando por Vitória da Conquista/BA e entrar para a BR-251 em cerca de 20km após divisa entre os Estados da BA e MG. Seguir pela BR-251 até Montes Claros/MG, quando se pode seguir por dois caminhos distintos, descritos acima. (b) Passando por Feira de Santana/BA, pode-se pegar a BR-242 até Ibotirama/BA, quando se desce para Bom Jesus da Lapa/BA, por 130km. Seguir por 140 km de estrada asfaltada até a divisa dos Estados, quando se segue em direção a Manga/MG e, de lá, a Januária/MG, por 104 km (sendo 45km de estrada de terra e o restante pavimentada). De Januária/MG seguir para Serra das Araras por cerca de 115km em estrada de terra.

Por vias aéreas:

Os Aeroportos mais próximos que operam com aviões de grande porte são o de Brasília (DF) e o de Montes Claros (MG). Para Brasília, existem vôos diários de todas as capitais do Brasil. Para Montes Claros, os vôos passam antes por Belo Horizonte. Existem vôos diários de Belo Horizonte para Montes Claros. De Brasília e de Montes Claros segue-se por via terrestre, conforme descrição anterior. As cidades de Januária e São Francisco possuem pista de pouso asfaltada para aviões de porte médio. Destas cidades, desloca-se por estradas de terra até Serra das Araras, conforme descrição anterior. As cidades de Chapada Gaúcha (30 km de Serra das Araras), de Formoso (90 km de Serra das Araras) e Arinos (130 km de Serra das Araras) possuem pista de pouso de terra para aviões de pequeno porte e helicóptero, sem licença do DAC.

Ingressos

As visitas são gratuitas, o parque está aberto diariamente, das 8h às 17h, entretanto é necessário agendamento prévio.

Onde ficar

O município de Chapada Gaúcha conta com os seguintes hotéis/ pensões: Hotel Veredas, Hotel Recanto de Minas, Hotel Chapadão, e Casa de Vó Aia.

Objetivos específicos da unidade

Os objetivos específicos do Parque Estadual da Serra das Araras, definidos no plano de manejo, são:

1) Garantir as áreas de reprodução da arara vermelha (Ara chloroptera), a maior população conhecida no noroeste mineiro;

2) Garantir a manutenção de áreas de ocorrência das demais espécies de psitacídeos, principalmente papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) e papagaio galego (Amazona xanthops);

3) Contribuir para manutenção de parte do ecossistema do cerrado, integrando o corredor de fluxo gênico das espécies do cerrado incluindo as UCs Veredas do Acari, APA dos Pandeiros e Parque Nacional Grande Sertão Veredas;

4) Proteger sítios e monumentos geológicos de grande relevância como testemunhos da evolução geológica e geomorfológica regional (planalto central) como a chapada denominada Serra das Araras;

5) Proteger a paisagem dos gerais, cenário de Guimarães Rosa com destaque para a Chapada denominada Serra das Araras;

6) Contribuir para a manutenção de populações da fauna local, principalmente daquelas encontradas em listas de espécies ameaçadas e raras;

7) Contribuir para a manutenção de amostras significativas de transição entre o cerrado e caatinga;

8) Contribuir para a proteção da bacia do Rio Pardo, especialmente aquíferos e nascentes;

9) Contribuir para a manutenção das expressões culturais locais, em especial danças tradicionais com a de São Gonçalo e a Curraleira, e festas como a de Santo Antônio, da Folia dos Reis e de Santa Cruz;

10) Estimular alternativas de melhoria da qualidade de vida das populações locais do entorno do PESA, por meio de ações de baixo impacto ambiental, tais como: extrativismo, agroecologia, artesanato, manifestações culturais, entre outros que a região possua vocação.

11) Proteger espécies da flora sob exploração econômica e ajudar na possibilidade de uma compensação de uso em áreas apropriadas, como na RDS Veredas do Acari.

12) Estimular o desenvolvimento regional integrado com base em práticas de conservação, especialmente proteção de bacias, controle de erosão e reabilitação ecológica, de educação ambiental e patrimonial e desenvolvimento do turismo ecocultural.

13) Proporcionar oportunidades de educação ambiental e de recreação em contato com ecossistemas do cerrado.

Histórico

O início da ocupação da região se deu no século XVII. A ocupação ocorreu por duas vias de expansão: a primeira foi a dos vaqueiros de Pernambuco e da Bahia que subiram o são Francisco em busca de pasto para o gado, e a segunda veio dos Bandeirantes que estavam a procura de riquezas e de escravos indígena. O estímulo da política colonial, através da doação de sesmarias favoreceu a ocupação dessas regiões que eram pouco povoadas.

No fim do século XVIII e início do século XIX, houve a consolidação da decadência de minério, e entre os séculos XIX e XX houve uma guerra entre os coroneis, por seus patrimônios e conquista de territórios. No século XX a ocupação do sertão noroeste de Minas Gerais teve seu segundo grande fluxo migratório. No início do século, a migração foi advinda, principalmente, de outras regiões do Estado de Minas Gerais, após alterações políticas e econômicas do país, na década de 20, que mudaram as organizações sociais do sertão, acabando com o coronelismo. A região Noroeste, então, passou a receber mineiros que buscavam fixar-se em terras pouco povoadas, originando a população mineira hoje existente no local.

Em 1996, foram feitas denúncias de desmatamentos ilegais dentro do plano de manejo florestal sustentável na serra das Araras. Assim, foi acionado o escritório do Instituto Estadual de Florestas em Montes Claros, que, após estudar a riqueza ecológica e os recursos naturais ainda primitivos encontrados na área, perceberam a importância de proteger a flora e a fauna locais. Daí nasceu a ideia de criar o Parque Estadual da Serra das Araras.

Atrações

O mirante São José e a a praia São José são algumas atrações, além delas existem diversas trilhas no parque:

- Trilha da capivara: tem uma extensão de cerca de 4,8 km, é considerada de nível fácil e dura cerca de uma hora e meia. Sai da sede do parque, passando pelo cerrado até a vereda do riacho fundo e depois segue pelo leito do rio pardo.

- Trilha ninho da arara vermelha: tem uma extensão de 1,5 km, e alto nível de dificuldade, durando cerca de uma hora e meia. O percurso leva até o topo da serra das araras, pelo lado norte.

- Trilha do Peregrino: tem uma extensão de 2,15 km e alto nível de dificuldade, durando cerca de uma hora e meia. A trilha se inicia fora do parque, na vila Serra das Araras, seguindo para dentro do parque. Durante o percurso se passa pela vereda de Santa Catarina, depois pela gruta do coração, terminando em uma capela de Santo Antônio.

Além das trilhas, existem também passeios pelos arredores do parque com as atrações: a Comunidade Buraquinhos, a Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável e o Túmulo de Antônio Dó.

Aspectos naturais

Aspectos Naturais: Como aspectos naturais o PESA contém diversas fitofisionomias do cerrado: cerrado senso strictu, campos limpo e sujo, matas de galeria, veredas, carrascos, além de vales e chapadas.

Relevo e clima

O relevo da região foi moldado ao longo dos últimos 12 milhões de anos, sob climas tropicais, mais áridos ou mais úmidos; mas marcadamente divididos entre uma estação seca e uma chuvosa. As formações que predominam são as chapadas areníticas recortadas pelas cabeceiras das drenagens, pouco ou muito profundas e superfícies ligeiramente onduladas. Essas formações favoreceram a formação de solos lateríticos muito lixiviados. Tais chapadas representam aquíferos porosos devido ao arenito e aos solos derivados dele. O clima da região é característico das Savanas do Centro-Oeste, sob condições sub-úmidas.

As temperaturas médias anuais são elevadas, sendo a média 23ºC. As máximas absolutas atingem 37 a 40º. As médias das mínimas ficam entre 16 e 19ºC, mas as mínimas absolutas podem aproximar-se de 0ºC.

O regime de chuvas é tropical, com duas estações muito bem delimitadas. O período seco vai de maio a setembro ou outubro. O período chuvoso por sua vez se estende de novembro a março. A pluviosidade anual gira em torno de 1200 mm, e a umidade relativa do ar caí pronunciadamente entre maio e setembro, mantendo-se abaixo de 70%, podendo até ficar menor do que 35%.

Fauna e flora

Na região do PESA foram frequentemente observadas, dentre as espécies arbóreas: Andira paniculata, Annona coriacea, Anacardium othonianum (caju), Kielmeyera coriacea (pau-santo), Emmotum nitens, Qualea grandiflora (pau-terra-da-folha-larga) e Eugenia dysenterica (cagaita) e dentre as herbáceo-arbustivas destacam-se: Copaifera sp. (porcada, pau-dolinho), Echinolaena inflexa (capim-flexinha) e tucum. No tipo diagnosticado ― carrasquinho, na região do PESA, foram observadas muitas espécies arbóreas de cerrado, como Acosmium dasycarpum, Brosimum gaudichaudii, Duguetia furfuracea e Eugenia dysenterica, além de espécies do gênero Mimosa, endêmicas para a região como M. coruscocaesia. Além dela, também do mesmo gênero, foram encontradas M. piptoptera e M. verrucosa, consideradas indicadoras da região de transição entre cerrado e caatinga. Na fitofisionomia de Vereda, as espécies comumente encontradas são Mauritia flexuosa (buriti), Xylopia sericea e Xylopia emarginata (pindaíba). Na fitofisionomia de Campo sujo encontram-se geralmente espécies das famílias Myrtaceae, Apocynaceace, Leguminosae, Velloziaceae e Melastomataceae, como também de gramíneas e cyperáceas. Nas formações florestais encontradas no PESA (matas ciliares e de galeria) ocorrem Mauritia flexuosa, Matayba guianensis e Simarouba amara. Aparentemente, na região do PESA as matas são, com frequência, inundáveis, apresentando o buriti (Mauritia flexuosa) como espécie típica e outras adaptadas a esse ambiente, como Xylopia emarginata (pindaíba), além de samambaias, bromélias e orquídeas.

Para a fauna foram registradas 20 espécies de anfíbios anuros e uma Gymnophiona, duas espécies de serpentes e 10 espécies de lagartos: Siphonops sp., Hyla albopunctata, Hyla biobeba, Hyla melanargyrea, Hyla rubicundula, Scinax fuscomarginata, Scinax fuscovarius, Adenomera cf. andreae, Leptodactylus fuscus, Leptodactylus troglodytes, Leptodactylus labirinthycus, Leptodactylus ocellatus, Physalaemus fuscomaculatus, Physalaemus centralis, Physalaemus cuvieri, Proceratophrys sp., Bufo granulosus, Bufo schneideri, Bufo sp., Dermatonotus mulleri, Elachistocleis ovalis, para anfíbios e Ameiva ameiva, Cnemidophorus cf. ocellifer, Tupinambis quadrilineatus, Cercosaura ocellata, Vanzosaura rubricauda, Stenocercus cf. dumerili, Tropidurus oreadicus, Tropidurus sp., Mabuya guaporicola, Polycrhus acutirostris, para lagartos e Leptotyphlops sp., Bothrops moojeni para serpentes. Além de lagartos e anfíbios, algumas serpentes também ocorrem no PESA: Leptotyphlops sp., Bothrops moojeni. A avifauna do PESA conta com a presença da arara-vermelha (Ara chloropterus), da arara-canindé (Ara ararauna), do papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) e do papagaio galego (Amazona xanthops). Para os mamíferos o destaque vai para o raro veado-galheiro (Blastocerus dichotomus), além dele encontram-se também no parque o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), a onça-parda (Puma concolor), a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-mourisco (Puma yagouaroundi), a lontra, o tatu-canastra (Priodontes maximus), e o tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla).

Problemas e ameaças

O parque sofre com problemas de demarcação de seus limites, que são inexistentes e/ou confusos em alguns pontos; existe a situação de posseiros que também causa problema. A ocorrência de incêndios; a criação de gado dentro do parque;e a extração de recursos vegetais, também representam ameaças à Biodiversidade do parque.

Fontes

http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/gestao/1711-plano-de-manejo-parque-das-araras

http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/209?task=view

http://www.ief.mg.gov.br/noticias/3306-nova-categoria/1765-parque-estadual-serra-das-araras-

https://www.tripadvisor.com.br/Hotels-g2578084-c3-Chapada_Gaucha_State_of_Minas_Gerais-Hotels.html

http://www.descubraminas.com.br/Turismo/ParqueApresentacao.aspx?cod_destino=844