Floresta Nacional de São Francisco de Paula

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A Floresta Nacional de São Francisco de Paula/RS (FLONA SFP) é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável que tem, entre vários objetivos, o de promover e/ou apoiar o Uso Público e a Educação Ambiental, além da pesquisa na UC. Possui trilhas demarcadas para visitação, museu, auditório e hospedarias. As visitas (com ou sem hospedagem) devem ser agendadas com antecedência via telefone ou e-mail.


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Floresta Nacional de São Francisco de Paula
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Rio Grande do Sul
Município: São Francisco de Paula
Categoria: Floresta
Bioma: Mata Atlântica
Área: 1.615,59 hectares
Diploma legal de criação: O Decreto Lei n° 3.124, de 19 de março de 1941, criou o Instituto Nacional do Pinho, órgão federal oficial dos interesses relacionados ao pinho. Entre várias atribuições do Instituto, uma delas deu origem às atuais Florestas Nacionais da região Sul e Sudeste do Brasil. A Portaria nº 561, de 25 de outubro de 1968, adequou a denominação das áreas dos Parques Florestais do Instituto Nacional do Pinho que passam a denominar-se Florestas Nacionais, em conformidade ao novo Código Florestal de 1965.
Coordenação regional / Vinculação: Coordenação Regional 9 - Florianópolis - ICMBio
Contatos: (54) 3244 1347/VOIP (61) 3103-9944

Estrada Demorrinho - Caixa Postal 79 - São Francisco de Paula/RS - CEP: 95400-000

Localização

A FLONA de São Francisco de Paula localiza-se no município de mesmo nome (no nordeste do Rio Grande do Sul).

Como chegar

A partir da sede do município de São Francisco de Paula siga em direção a Tainhas pela RS 020 por 15 km, até o trevo de acesso a Serra do Umbu, dobrando a direita na RS 484 , percorrendo 6 km até o portão de acesso a FLONA SFP.

Chegando pela RS 453 (Rota do Sol), de Tainhas siga 15 km em direção a sede de São Francisco de Paula, até o trevo de acesso a Serra do Umbu, dobrando a esquerda na RS 484 , percorrendo 6 km até o portão de acesso a FLONA SFP.

Obs.: RS 484 estrada não pavimentada, mas o trecho de 6 km permite trânsito com qualquer tempo

Ingressos

Horários de visitação:

O acesso de entrada e saída para visitação ou outras atividades programadas, tanto em dias de semana como nos finais de semana, será feito conforme necessidade e agendamento prévio.

Contatos e agendamentos: no horário comercial, de segunda a sexta-feira, via correio eletrônico (e-mail).


Taxas de ingresso:


Valor: R$ 9,00/pessoa

Isentos: Comunidade (moradores) de São Chico, Escolas de São Francisco de Paula, crianças até cinco anos, escolas públicas de outros municípios se solicitados por escrito e a critério da administração, funcionários e ex-funcionários e seus acompanhantes, pesquisadores autorizados, parceiros em atividades, funcionários em férias, voluntários em atividades, professores, monitores, motoristas, condutores de ecoturismo e guias turísticos.


Taxas de Hospedagem:


Valor: R$ 16,00/pessoa/pernoite: estudantes em atividade didática, pesquisadores com SISBIO, moradores da comunidade de São Francisco de Paula e demais grupos autorizados.


Valor: R$ 52,00/pessoa/pernoite: turista e usuário comum.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.

Histórico

Através do Decreto Lei n° 3.124, de 19 de março de 1941, foi criado o Instituto Nacional do Pinho, órgão federal oficial dos interesses relacionados ao pinho, pinho araucária (Araucaria angustifolia). Entre várias atribuições do novo Instituto, uma delas deu origem às atuais Florestas Nacionais da Região Sul e Sudeste do Brasil.

Programa de Manejo Florestal: A exploração dos recursos florestais visa uma produção madeireira média de 10.000 mst de madeira/ano, conforme previsto em seu Plano de Manejo, sendo também exploradas os recursos não-maderaveis, como a semente da araucária (pinhão) e a samambaia-preta, buscando sempre a sustentabilidade da exploração. O sistema de manjo adotado é o sistema em alto fuste. Programa de Uso Público e Educação Ambiental: Duas trilhas ecológicas são disponibilizadas aos visitantes, com o acompanhamento de um guia da FLONA e agendamento prévio, além de cinco hospedarias para grupos de alunos e pesquisadores, totalizando 50 leitos. As trilhas dão acesso as araucárias centenárias, à cachoeira Bolo de Noiva e ao mirante, com vista para a Cascata da Usina, Perau do Macaco Branco, floresta nativa e povoamento de araucária de 1946. Escolas e Universidades usam a Unidade para atividades de campo, a FLONA também recebe grupos de professores do Município e sedia encontros de formação de educadores. Programa de Ensino e Pesquisa: Iniciado ainda no período do PRODEPEF, em 1975. O Programa foi estimulado a partir de 1990, buscando diversas Universidades como parceiras. Hoje a Unidade conta com mais de 375 pesquisas.

Atrações

Duas trilhas ecológicas são disponibilizadas aos visitantes, com o acompanhamento de um guia da FLONA e agendamento prévio, além de cinco hospedarias para grupos de alunos e pesquisadores, totalizando 50 leitos. As trilhas dão acesso as araucárias centenárias, à cachoeira Bolo de Noiva e ao mirante, com vista para a Cascata da Usina, Perau do Macaco Branco, floresta nativa e povoamento de araucária de 1946.

Aspectos naturais

A FLONA-SFP tem uma área de 1.606 ha, com altitudes superiores a 900 metros, apresentando uma variação altitudinal de 300 metros. Esta Unidade é parte da área abrangida pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica como Área Núcleo, sendo considerada uma região de alta a altíssima prioridade para a conservação pelo Workshop de Áreas Prioritárias para a Conservação da Mata Atlântica (2001). Ela está estrategicamente inserida no Corredor Ecológico do Rio dos Sinos, entre os Corredores Ecológicos dos rios Caí e Tainhas (Patrimônio Natural da Região das Hortênsias, Projeto Hortênsia, METROPLAN e CPRM, 1995). O conjunto de várias UCs estabelecidas ou em processo de abrangidas em um raio de 60 km, forma um grande e importantíssimo arco e corredor de biodiversidade ao longo das escarpas do planalto.

A Unidade tem importantes belezas cênicas, compondo cenários de vales, florestas, cachoeiras. Conservando e contribuindo com nascentes pertencentes a Bacia do Rio dos Sinos.

Relevo e clima

A região da Flona é caracterizada pelos Campos de Cima da Serra (Estepe) e pelas matas com araucária (Floresta Ombrófila Mista ou Mata Atlântica - lato sensu). A região é uma das mais úmidas do estado, com pluviosidade superior a 2.000mm e com temperatura média anual de aproximadamente 14,5° C.

Fauna e flora

Mais de 20% das espécies terrestres da fauna ameaçada de extinção do Estado já foram registradas na FLONA-SFP ou em seu entorno próximo, bem como espécies de árvores e arbustos ameaçadas. Com respeito a sua vegetação nativa, apesar desta sofrer grande influência da floresta atlântica, ela apresenta espécies de origem andina e antártica como, por exemplo, a casca d'anta (Drimys winteri) e a própria araucária (Araucaria angustifolia).

Na FLONA-SFP são encontrados reflorestamentos de Araucaria angustifolia (390 hectares, ou seja, 24% da área total), Pinus taeda e P. elliottii (229 hectares, 14 % da área total), Eucalyptus (34 hectares) e outras essências com fins comerciais, totalizando uma cobertura de pouco mais de 600 hectares. Contudo, a floresta nativa ocupa mais de 900 hectares. Também ocorrem pequenos trechos de campo nativo e banhado. Este mosaico de ambientes naturais e construídos, juntamente com o gradiente altitudinal, resulta em uma considerável riqueza de espécies. Entre os elementos faunísticos, destaca-se a grande riqueza da avifauna, composta por mais de 210 espécies, residentes ou migratórias.

Entre as espécies de animais ameaçados de extinção com registro na Flona estão o: Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), Papagaio-charão (Amazona pretrei), Gato-do-mato (Leopardus tigrinus); Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus); Gato-maracajá (Leopardus pardalis mitis); Morcego vermelho (Myotis ruber); Caneleirinho-de-chapéu-preto (Piprites pileata); Onça-parda (Puma concolor capricornensis); Águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus)

Problemas e ameaças

Fontes

http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/mata-atlantica/unidades-de-conservacao-mata-atlantica/2213-flona-de-sao-francisco-de-paula

http://www.florestanacional.com.br/flonasaochico.html

http://sistemas.mma.gov.br/cnuc/index.php?ido=relatorioparametrizado.exibeRelatorio&relatorioPadrao=true&idUc=133