Área de Proteção Ambiental de Mangaratiba

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Criada pelo Decreto Estadual nº 9.802, de 12 de março de 1987, com área de 25.239 mil hectares, abrange parte do município de Mangaratiba, composta por montanhas e ecossistemas associados ao bioma da Mata Atlântica (submontana e manguezal), e tem o principal objetivo de assegurar a preservação da vegetação protetora dos mananciais, manguezais e costões rochosos. A APA também engloba uma parte do Parque Estadual de Cunhambebe.

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Área de Proteção Ambiental de Mangaratiba
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Rio de Janeiro
Município: Mangaratiba
Categoria: Área de Proteção Ambiental
Bioma: Mata Atlântica
Área: 25.239 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Estadual nº 9.802, de 12 de março de 1987.
Coordenação regional / Vinculação: Inea - Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro
Contatos: Telefone: (21) 98596-8747 / (21) 98596-5218

E-mail: apamangaratiba@inea.rj.gov.br // geuso@inea.rj.gov.br

Localização

A localização geográfica da APA de Mangaratiba compreende parte da região localizada entre as coordenadas 22o 51’ 08’’S e 44o 11’ 40’’W e 23o 06’ 09’’S e 43o 53’ 00’’W, desde a divisa do município de Mangaratiba com os municípios de Angra dos Reis, Rio Claro e Itaguaí. Estabelece-se ao longo das serras das Lajes (Angra dos Reis e Rio Claro), das serras das Três Orelhas, do Bagre, de São Brás, do Piloto e de Itaguaçu (Mangaratiba e Rio Claro), da Serra de Capivari e de Jacareí (Angra dos Reis e Mangaratiba), da Serra Grande e do Gaspar (Mangaratiba), até Serra da Coroa Grande e da Mazomba (Itaguaí). A APA inclui, ainda, o território municipal na Marambaia e as principais ilhas do município (Guaíba, Itacuruçá e Jaguanum).

A APA é circundada por importantes sedes de municípios e núcleos populacionais do município de Mangaratiba, tal como seus distritos de Conceição de Jacareí, Praia Grande e Muriqui. Dos municípios vizinhos, a APA é circundada pelo distrito de Coroa Grande, em Itaguaí, e Guatucaia e Portogalo, em Angra dos Reis

Como chegar

O acesso à sede da APAMAN pode ser realizado pela Rodovia BR-101 (Rio-Santos), na altura do Km 423, no município de Mangaratiba (RJ).

De São Paulo, seguir pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até o município de Barra Mansa, onde se pega a estrada para Angra dos Reis (RJ-155). Em Angra dos Reis seguir pela BR-101 no sentido Rio de Janeiro. A BR-101 também poderá ser acessada pela Rodovia RJ-149 (Rio ClaroMangaratiba).

Ingressos

Não há cobrança de ingressos.

Onde ficar

No entorno e interior da APA existem diversas opções de hospedagem.

Objetivos específicos da unidade

Proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação, valorizar o patrimônio histórico e arqueológico presente no município e assegurar o manejo sustentável do uso dos recursos naturais. O principal objetivo é também assegurar a preservação da vegetação protetora dos mananciais, manguezais e costões rochosos.

Histórico

A implantação da APA de Mangaratiba se apresenta como uma estratégia do estado para garantir a formação de um contínuo florestal, representativo da Mata Atlântica, que se estende desde o Parque Nacional da Serra da Bocaina, passando pela Terra Indígena Bracuhy, em Angra dos Reis, pelo Parque Estadual Cunhambebe (PEC), até a Rebio Tinguá. Esse contínuo consolida e fortalece o Corredor Ecológico Tinguá-Bocaina. Atualmente a APA atua ainda como zona de amortecimento do PEC.

A APA constitui uma unidade de conservação de uso sustentável, da Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro, tendo conexão direta com a Gerência de Unidades de Conservação de Uso Sustentável – GEUSO, integrante da Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – DIBAP, diretoria esta subordinada ao Instituto Estadual do Ambiente – INEA, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente – SEA.

Sua criação ocorreu através do Decreto nº 9.802, de 12 de março de 1987, a fim de proteger uma área de aproximadamente 25.000 hectares, composta por montanhas e ecossistemas associados ao bioma da Mata Atlântica (submontana e manguezal), no município de Mangaratiba. Inclui áreas acima da cota de 100 metros no continente e em ilhas como Cutiatá – Açu, Guaibinha, Guaíba, Furtada, Jaguanum, Itacuruçá e Marambaia. Abrange também manguezais na parte continental e insular de Itacuruçá. Decorridos 25 anos, a APA não foi devidamente implementada e seu plano de manejo não passou das versões preliminares.

Atualmente, cerca de 62% de sua área encontra-se sobreposta pelo Parque Estadual Cunhambebe, unidade de conservação de proteção integral, criado por meio do Decreto Estadual nº 41.358, de 13 de junho de 2008.

Atrações

Os atrativos estão distribuídos por toda a unidade, dispostos de acordo com critérios geográficos e atividades disponíveis. De modo geral, as atrações são a vegetação exuberante, os acidentes geográficos de grande beleza cênica, as trilhas, cachoeiras, piscinas naturais, mirantes, patrimônio histórico e arqueológico, esporte de aventura (rapel, trekking, escalada) e esportes náuticos (nas baías adjacentes à APA).

A melhor época para visitação é o inverno, pois, com menores índices de pluviosidade e, consequentemente, com as trilhas mais secas, as caminhadas tornam-se mais seguras. O céu apresenta-se mais limpo e a temperatura média é mais agradável. A atividade de visitação é mais frequente na área da APA sobreposta pelo PEC.

Aspectos naturais

O domínio florestal original predominante é a chamada Mata Atlântica. Predomina a Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana. Destaca-se a existência de manguezais na localidade de Itacuruçá. A vegetação na APA encontra-se em boas condições de conservação, indicando a necessidade de proteção.

Relevo e clima

O clima regional, se classifica como tropical úmido, com fortes precipitações anuais e inexistência de estação seca definida. Predominam isotermas de temperaturas mais baixas que a média regional e registram-se fortes concentrações de chuva o ano todo, mesmo na estação seca (inverno), provocadas pela umidade retida dos sistemas frontais vindos do Atlântico pelo maciço montanhoso.

Fauna e flora

Entre os anuros, a espécie Cycloramphus eleutherodactylus está na lista de espécies provavelmente ameaçadas do Estado do Rio de Janeiro.

Entre os mamíferos, destaca-se a histórica ocorrência da paca (Cuniculus paca), da jaguatirica (Leopardus pardalis mitis), classificadas como espécies vulneráveis (MMA), e o muriqui (Brachyteles arachnoides), classificado como “em perigo” ou “ameaçado”, além de outros mamíferos de médio e grande porte.

É esperado que a riqueza de espécies de aves, anfíbios e répteis aumente com o esforço amostral, visto que ainda não existem informações sistematizadas ou consolidadas sobre a fauna da APA.

Problemas e ameaças

Manejos agrícola e pecuário inapropriados, pressão urbana (expansão), ocupações irregulares (uso do solo), caça, extrativismo vegetal sem manejo, lixo, criminalidade, expansão industrial, uso do fogo.

Fontes

Plano de Manejo da APA de Mangaratiba [1]

Página do Inea [2]

Decreto Estadual de criação [3]