Área de Proteção Ambiental da Serra de Três Pontas

De WikiParques
Ir para navegação Ir para pesquisar




Área de Proteção Ambiental da Serra de Três Pontas
Esfera Administrativa: Municipal
Estado: Minas Gerais
Município: Três Pontas
Categoria: Área de Proteção Ambiental
Bioma: Campos Rupestres
Área: 3.163,84 hectares
Diploma legal de criação: Lei Nº 3.506, de 25 de março de 2014.
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura Municipal de Três Pontas

Praça Prefeito Francisco José de Brito, 82 Centro - Três Pontas - MG - CEP: 37190-000

Contatos: Secretário Municipal de Meio Ambiente: Marcelo de Figueiredo Gomes, telefone (35) 3266-6039

Prefeito Municipal: Marcelo Chaves Garcia, telefone (35) 3266-2133

Localização

O município de Três Pontas está localizado na região sul de Minas Gerais – Brasil, posicionado geograficamente entre as coordenadas 21º 17’ 10.10’’ a 21º 27’ 57.44’’ de latitude sul e 45º 30’ 4.69’’ a 45º 45’ 3.33’’ de longitude oeste.

Como chegar

Três Pontas está localizada à leste da Rodovia BR-381 Fernão Dias, na altura do entroncamento para a cidade de Varginha, pela BR-491. De Varginha, segue-se mais 26 km pela Rodovia MG-187. Dista 291 km da cidade de Belo Horizonte (BR-381 Rodovia Fernão Dias), via Nepomuceno e Perdões. De São Paulo, são 344 km (BR-381 Rodovia Fernão Dias) e do Rio de Janeiro, são 476 km (Rodovia MG-167). A Serra de Três Pontas, situa-se a 18 km a nordeste do perímetro urbano (Estrada da Faxina, sentido Carmo da Cachoeira por terra.).

Ingressos

Tendo em vista a unidade de conservação estar em implantação, não são cobrados ingressos.

Onde ficar

Brasil Hotel - Rua Nossa Senhora D´Ajuda, 73. Contato (35) 3265-2257 Site www.brasilhotel.net.br

Café Palace Hotel - Avenida Prefeito Nilson Vilela, 1380. Contato (35) 3265-7575 Site www.cafepalacehotel.com.br

Hotel Fazenda Pedra Negra - Fazenda Pedra Negra s/nº Rodovia MG-167 Três Pontas/ Varginha, 23 Km. Contato (35) 3265 1447 Site www.fazendapedranegra.com.br

Hotel Ouro Verde - Praça Cônego Victor, 111. Contato (35) 3265-1604 Site www.hotelouroverde.com

Hotel Pousada Trespontana - Rua Frei Caneca, 116. Contato (35) 3265-2545 E-mail hotelpousadatrespontana@hotmail.com

Pousada Bella Vista - Fazenda Bella Vista, s/nº Rodovia MG-167 Três Pontas/Varginha, 26 km. - Contato (35) 3221 3770 Site www.bellavistamg.com.br

Terraço Hotel - Avenida Osvaldo Cruz, 688. Contato (35) 3265-2523, 3265-2614 Site http://www.terracohotel.tur.br

Objetivos específicos da unidade

Proteger, ordenar, garantir e disciplinar o uso racional dos recursos ambientais, inclusive suas águas, bem como ordenar o turismo recreativo, as atividades de pesquisa e promover o desenvolvimento sustentável.

Histórico

A Serra de Três Pontas é o símbolo maior da cidade. É a paisagem preferida pelos trespontanos para ser postada nas redes sociais, inserida em suas logomarcas e para representar Três Pontas mundo afora. Esta linda paisagem foi testemunha da ocupação humana da região, constituindo marco geográfico e histórico, além de sítio ecológico relevante.

Atrações

Aspectos naturais

Relevo e clima

Situada no planalto montanhoso do Sul de Minas, a Serra de Três Pontas apresenta-se como um pequeno maciço serrano que integra o relevo escalonado de maior altitude, inteiramente no município de Três Pontas. Aparentemente isolada, a Serra de Três Pontas é considerada um prolongamento da Serra da Bocaina, localizada na região do Município de Lavras (MG), da qual dista aproximadamente 38 quilômetros, ambas ligadas aos contrafortes da Serra da Mantiqueira. Sua formação geológica é do Pré-Cambriano constituída de metaquartzitos associados e sericita-xistos. Sua altitude máxima é de 1.234 metros, constituindo testemunho das mais antigas superfícies de erosão, com modelado bastante acidentado, caracterizado por interflúvios de topos um tanto suavizados, vertentes côncavo-convexas ou convexo-côncavas, fortemente sulcadas, apresentando vales estreitos e encostas íngremes. Conforme Classificação Climática de Köppen, a área da Serra de Três Pontas está enquadrada no tipo climático Cwb - Clima Mesotérmico, com verões brandos e estação chuvosa no verão e com temperatura média mensal inferior a 18°C., no mês mais frio e inferior a 22°C., no mês mais quente. Em altitudes superiores a 1.000 metros apresenta clima mais ameno, propiciando a ocorrência da formação vegetal denominada “Campo de Altitude”, nas topografias mais planas e nas mais íngremes os “Campos Rupestres” evidenciando o fenômeno de zonalidade altitudinal da vegetação.

Fauna e flora

Nas áreas correspondentes aos afloramentos de quartzitos, em altitudes superiores a 1.000 metros são frequentes as colônias de Velosiáceas, Asteráceas, Malpighiáceas, Voquisiáceas e Cactáceas. As Velosiáceas são os vegetais que mais caracterizam esta formação botânica “Campos Rupestres”, cujo hábitat é restrito, com efeito, à região montano-campestre, vivendo elas especialmente nos lugares mais secos da serra ou em morros altos.Nas comunidades que vivem nos Campos Rupestres da Serra de Três Pontas, as Velosiáceas estão presente, ocupando preponderantemente as vertentes sudeste – noroeste, acompanhando o alinhamento geográfico da serra e ocorrência associada a afloramentos rochosos quartzíticos e altitudes superiores a 1.000 metros. Entretanto, elas nunca foram identificadas podendo inclusive ser espécies novas. Ocorrem também "Formações Florestais" acompanhando a rede de drenagem que sulcam as encostas de interflúvios. São faixas estreitas de matas que ocupam os fundos de pequenos vales e encostas contíguas, onde encontram mais umidade e proteção contra o vento. trabalhos de campo e dados secundários, permitiram a estimativa de 296 espécies, distribuídas em 60 famílias e 25 ordens botânicas. Das espécies da flora, de possível de ocorrência na Serra de Três Pontas, duas estão relacionadas na “Lista da flora mineira ameaçada de extinção, segundo avaliação no Workshop da Fundação Biodiversitas, em 2005” (Biodiversitas, 2006). Canela-sassafrás Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer, da família Lauraceae e Camboim Siphoneugena kuhlmannii Mattos, da família Myrtaceae, ambas consideradas VULNERÁVEIS. Já no “Livro Vermelho da Flora do Brasil” (Martinelli & Moraes, 2013), - 5 (cinco) estão relacionadas como VULNERÁVEIS: camboim Siphoneugena kuhlmannii Mattos, da família Myrtaceae; carvalho-da-serra Euplassa incana (Klotszch) I.M. Johnst., da família Proteaceae; cedro Cedrela fissilis Vell., da família Meliaceae; garapa Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr., da família Fabaceae; ipê-preto Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau, da família Bignoniaceae. - 2 (duas) estão relacionadas como EM PERIGO: canela-sassafrás Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer, da família Lauraceae e jequitibá-rosa Cariniana legalis (Mart.) Kuntze, da família Lecythidaceae. - 8 (oito) relacionadas como NÃO AMEAÇADAS, MAS DE INTERESSE PARA PESQUISA E CONSERVAÇÃO: canela-poca Ocotea aciphylla (Nees) Mez, da família Lauraceae; canelinha Nectandra cissiflora Nees, da família Lauraceae; guarantã Esenbeckia leiocarpa Engler, da família Rutaceae; guaritá Astronium graveolens Jac., da família Anacardiaceae; maminha-de-porca Zanthoxylum petiolare A.St.-Hil. & Tul., da família Rutaceae; peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Müll. Arg., da família Apocynaceae; pindaíba Xylopia brasiliensis Spreng., da família Annonaceae; sucupira Bowdichia virgilioides Kunth, da família Fabaceae. Foram estimadas 221 espécies de aves, distribuídas em 47 famílias e 20 ordens. Os mamíferos totalizaram 14 espécies, distribuídos em 11 famílias e 6 ordens. Das espécies de aves, uma está relacionada na “Lista da fauna mineira ameaçada de extinção, segundo avaliação no Workshop da Fundação Biodiversitas, em 2005” (Biodiversitas, 2006): curió, Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766), da família Emberizidae, considerada CRITICAMENTE EM PERIGO. Das espécies de mamíferos, duas estão relacionadas na “Lista da fauna mineira ameaçada de extinção, segundo avaliação no workshop da Fundação Biodiversitas, em 2005” (Biodiversitas, 2006): jaguatirica Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758), da família Felidae, considerada VULNERÁVEL e sauá ou guicó Callicebus nigrifrons (Spix, 1823), da família Pitheciidae, considerada EM PERIGO.

Problemas e ameaças

Fontes