Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha

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Nome da Unidade: Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha

Bioma: Marinho costeiro

Área: 11.270 hectares

Diploma legal de criação: Decreto N° 94.780 de 14 de Agosto de 1987.

Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

Contatos:

Tel: (81) 3619-1176 / 1128 / 1220
Endereço sede: Alameda do Boldró, s/n
Vila Boldró, Fernando de Noronha, Pernambuco
CEP: 53.990-000
E-mail: parnamar@ig.com.br
fernandodenoronha@icmbio.gov.br

Localização

O Parque abrange os municípios de Fernando de Noronha, em Pernambuco, e Caravelas, na Bahia.

Como chegar

Há três voos diários que parte para a ilha – dois saem de Recife e um de Natal. O voo dura em média uma hora.

O Arquipélago de Fernando de Noronha tem a atuação de duas companhias aéreas, NORDESTE LINHAS AÉREAS e TRIP LINHAS AÉREAS.

Pode-se também chegar ao Arquipélago pelo mar, em cruzeiros marítimos ou em embarcações particulares, pois a Ilha possui um porto na Baía de Santo Antônio.

O arquipélago dista 545 km de Recife, 360 km de Natal e a 710 km de Fortaleza, capital do Ceará.

Ingressos

Desde 2001, o valor do ingresso individual para brasileiros é R$ 65 e R$ 130 para estrangeiros. O ingresso vale por um período de 10 dias e dá acesso a todas as áreas do Parque destinadas ao turismo e uso público.

Ao entrar na ilha, o visitante é solicitado a pagar uma taxa de permanência chamada Taxa de Preservação Ambiental (TPA), que é cobrada pelo Governo Estadual de Pernambuco, que administra o Distrito de Fernando de Noronha, e custa R$ 38.

Onde ficar

Há em Fernando de Noronha opções de pousadas.

Objetivos específicos da unidade

O Parque foi criado com o objetivo de valorizar os ambientes naturais e a beleza cênica local, protegendo os ecossistemas marinhos e terrestres, preservando a fauna, a flora e os demais recursos naturais.

Entres os objetivos específicos da UC estão o de proteger uma amostra representativa dos ecossistemas marinhos e terrestres do arquipélago. O Parque foi criado para preservar os ecossistemas costeiros, existentes no local, disseminar pesquisas, conservar os sítios históricos arquitetônicos e naturais e ordenar o intenso fluxo turístico a Noronha.

Histórico

Do passado, restam construções históricas que contam um pouco do período de ocupação de franceses. Logo após o descobrimento, em 10 de agosto de 1503 por Américo Vespúcio, vários impactos negativos ocorreram na área, desde o desmatamento de 95% da vegetação original, a introdução de animais e plantas, lixo, animais domésticos soltos na ilha, caça, pesca, entre outros.

Atrações

As praias, piscinas naturais de águas esverdeadas e trilhas ecológicas são os maiores atrativos da ilha.

No arquipélago, é possível passear de barco, fazer mergulhos no fundo do mar e observar golfinhos e a desova das tartarugas aruanas.

A visita à Praia da Atalaia é um dos atrativos mais procurados do Parque e oferece a oportunidade de mergulhar em um aquário natural onde é possível observar a fauna marinha em seu ambiente natural. A piscina se forma na maré seca e pode ser visitada diariamente por uma quantidade limitada de pessoas devido à fragilidade deste ecossistema.

Na Baía do Sueste, o visitante pode optar pelo mergulho guiado através de uma trilha submarina especial onde poderá apreciar tartarugas marinhas em seu local de descanso e alimentação. Neste mergulho, um dos mais ricos em biodiversidade, pode-se avistar outras espécies marinhas como polvos, lagostas, raias, pequenos tubarões e peixes multicoloridos.

O mergulho autônomo é oferecido por três operadoras diferentes e pode ser realizado entre profundidades de 12 a 60 metros, como é o caso do mergulho na Corveta.

Outras atividades oferecidas dentro do Parque são os passeios de barco por toda a extensão do chamado “mar-de-dentro” e a atividade de plana-sub, uma modalidade de esporte náutico em que o praticante é puxado por um barco dentro d´água segurando uma prancha.

O Parque Nacional é considerado como um dos destinos turísticos mais cobiçados do país. Suas águas quentes e translúcidas chegam a ter 50 metros de visibilidade.

Para observar os golfinhos existe um mirante na Enseada dos Golfinhos. Alguns naufrágios complementam o cenário. Já as tartarugas marinhas verdes podem ser vistas em algumas praias, como a do Leão.

Dez fortalezas do século XVIII podem ser acessadas por trilhas sinalizadas que também passam por construções históricas, igrejas, fortes e cavernas. A ilha possui 16 praias e algumas oferecem altas ondas como as praias do Bode, Boldró, Cacimba do Padre e Quixida queatraem surfistas e campeonatos internacionais.

Já a Baía do Sancho é uma das preferidas pelos mergulhadores, pois oferecem piscinas naturais na maré baixa. A maior delas está na Praia da Atalaia. O cartão-postal do arquipélago é as ilhas Dois Irmãos, que localizam-se na Cacimba do Padre. Também é possível visitar um mangue, na Baía Sueste.

Aspectos naturais

O Parna abriga um frágil ecossistema e espécies que estão ameaçadas de extinção em outras regiões do país e do mundo. O arquipélago é caracterizado como um santuário para muitas espécies e, desde 2001, foi reconhecido e tombado pela UNESCO como patrimônio mundial da humanidade, juntamente com Atol das Rocas.

A maior parte do arquipélago de Fernando de Noronha foi declarada Parque Nacional Marinho. O parque é formado por dois terços da ilha principal e inclui todas as ilhas secundárias, com área total de 112,7 km² e 21 ilhas. No arquipélago vive uma população de cerca de três mil habitantes e o turismo é desenvolvido de forma sustentável.

Fernando de Noronha constitui um grande banco de alimentação e reprodução para toda a fauna marinha do Nordeste brasileiro, além de representar um local de alimento e descanso para espécies migratórias. Lá encontram-se os últimos vestígios de Mata Atlântica insular e o único manguezal oceânico do Atlântico Sul.

A região é considerada uma das mais importantes regiões para a reprodução de aves marinhas dos dois hemisférios do Atlântico, e berçário para diversos grupos ameaçados, como é o caso dos cetáceos (baleias e golfinhos) e quelônios (tartarugas).

Relevo e clima

O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 23,5°C e 31,5°C. O parque pode ser visitado o ano todo. Para mergulhar, o período seco, de agosto a janeiro, é o melhor.

O arquipélago de Fernando de Noronha, cuja principal ilha leva o mesmo nome, está situado sobre uma montanha submarina de 4.000 metros de altitude e rochas vulcânicas de tom azulado erguem-se por toda parte. Na ilha de Fernando de Noronha está o ponto mais alto do arquipélago, o Morro do Pico (321 metros). Suas 16 praias agrupam-se em duas faces: o Mar de Dentro, voltada para o continente, e o Mar de Fora, voltada para o oceano, onde o mar é mais agitado.

O relevo do arquipélago envolve desde áreas planas de baixa altitude, até picos isolados e morros com encostas íngremes. O relevo conforma falésias abruptas na beira mar, estas ligadas tanto às altas elevações, como aos platôs rebaixados de lavas ultrabásicas, algumas vezes bordejadas por faixas arenosas no sopé, conformando as praias em Fernando de Noronha.

Fauna e flora

A maior diversidade do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha está debaixo de suas águas. São cerca de 230 espécies de peixes e 15 de corais, além de tubarões, tartarugas marinhas e golfinhos rotatores. Do lado de fora, aves migratórias circulam pelas ilhas: fragatas, viuvinhas, o rabo-de-junco e o endêmico sebito.

O solo pedregoso e pouco profundo e os longos períodos de estiagem são responsáveis por uma vegetação baixa e rarefeita, semelhante à do agreste pernambucano com arbustos espinhosos e cactáceas. A vegetação nativa, com espécies de Mata Atlântica, foi quase toda devastada na época em que a ilha era um presídio.

Entres os animais ameaçados de extinção estão a tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-verde, a tartaruga-oliva, o cebito, a estrela-do-mar, o ouriço-satélite, o coral-de-fogo, o tubarão-limão e a juruviara-de-noronha.

Problemas e ameaças

A área do Arquipélago de Fernando de Noronha encontra-se administrativamente fragmentada, entre o Governo do Estado de Pernambuco, o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, o Comando da Aeronáutica e o IBAMA.

A disposição de resíduos tem um alto impacto nas ilhas e tendem a aumentar drasticamente, assim como o turismo e a pastagem.

Fontes

http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/392/

https://www.facebook.com/ParqueNacionalMarinhoFernandoDeNoronha

http://www.brasil.gov.br/localizacao/parques-nacionais-e-reservas-ambientais/parque-nacional-marinho-de-fernando-de-noronha-2013-pe

http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/marinho/unidades-de-conservacao-marinho/2265-parna-marinho-de-fernando-de-noronha

Decreto de Criação: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/fernando%20de%20noronha_1.pdf

http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/ucs-abertas-a-visitacao/192-parque-nacional-marinho-fernando-de-noronha

http://www.tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=7

http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/pernambuco/parque-nacional/marinho-fernando-de-noronha/

http://www.parnanoronha.com.br/

http://www.ilhadenoronha.com.br/ailha/ailha.php

Resumo executivo, Área de Preervacao Ambiental Fernando de Noronha: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/Resumo%20Executivo_f.pdf