Parque Estadual do Ibitipoca

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Os primeiros relatos sobre a região datam de 1692. O "Monte de Ebitipoca" foi citado pelo padre João de Faria Fialho e, já no século seguinte, a região possuía mais de 5 000 moradores em decorrência da procura pelo ouro.


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Parque Estadual do Ibitipoca
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Minas Gerais
Município: Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 1.488 Hectares
Diploma legal de criação: Lei Estadual nº 6.126 de 4 de julho de 1973.
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Estadual de Florestas - Zona da Mata
Contatos: (32) 3281-1101

peibitipoca@meioambiente.mg.gov.br

Localização

O Parque Estadual do Ibitipoca fica localizado entre os municípios de Conceição do Ibitipoca e Lima Duarte, em Minas Gerais.

E 613 450,00 e N 7 598 653,00 utilizando a projeção UTM d Datum SAD/60

Como chegar

Seguir em direção a Juiz de Fora pela BR-040 e entrar no trevo de acesso à BR267, prosseguindo em direção a Lima Duarte. Para chegar ao Distrito de Conceição de Ibitipoca são mais 27Km de estrada de chão e, de lá, mais 4 Km até a portaria do parque. Distância de Belo Horizonte: 241Km.

Ingressos

  • Taxa de visitação (valores por pessoa pago na portaria do parque):

R$ 10,00 de terça à sexta-feira

R$ 20,00 sábados, domingos e feriados

R$ 50,00 passeio de bicicleta (Agendamento prévio)


OBS: O Parque não aceita cartões.

  • Horários:

O Parque Estadual do Ibitipoca fica aberto de terça a domingo, de 7h às 18h.

Entrada de visitantes até às 17h.

Campistas até às 17:30h.

Centro Administrativo: de 8h às 17h, de segunda à sexta-feira.

Centro de Visitantes: de 8h às 13h em dias úteis e de 8h às 15h em finais de semana e feriados.


Loja de souvenirs: aberta de 08h às 17h.

Onde ficar

O Parque possui camping (capacidade para 24 barracas). Existem pousadas no distrito de Conceição do Ibitipoca.

Objetivos específicos da unidade

Histórico

Os primeiros relatos sobre a região datam de 1692. O "Monte de Ebitipoca" foi citado pelo padre João de Faria Fialho e, já no século seguinte, a região possuía mais de 5 000 moradores em decorrência da procura pelo ouro. Após a descoberta do mineral na antiga Vila Rica, atual Ouro Preto, houve um grande êxodo da região e apenas a população mais humilde permaneceu no local.

Durante o século XVIII, a região de Conceição do Ibitipoca, assim como outros locais próximos, se constituiu em rota de contrabando do ouro, através de um caminho que partia de São João Del Rei, passava por Santa Rita de Ibitipoca, por Conceição do Ibitipoca, pela área do Rio do Peixe, Lima Duarte, prosseguindo para Rio Preto e depois para Paraíba do Sul.5

Em Conceição de Ibitipoca, nasceu o cônego Manoel Rodrigues da Costa, importante figura que veio a se destacar na Inconfidência Mineira.5

No século XIX, acredita-se que não houve grandes modificações na realidade de Conceição do Ibitipoca. Devido à ascensão do povoado do Rio do Peixe, Conceição do Ibitipoca foi tornando-se uma localidade remota, ficando relativamente esquecida. Porém, deve-se destacar a criação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Ibitipoca e a integração do distrito ao município de Lima Duarte.5

Embora sem grande expressão econômica ao longo da história de Minas Gerais, a região de Conceição do Ibitipoca atraiu cientistas e viajantes estrangeiros, pelas peculiaridades de sua paisagem e de sua flora. Em 1822, o botânico Auguste de Saint-Hilaire assim descreveu a localidade: " … atravessamos primeiro a vila de Ibitipoca, que conhecia mal e julgava ainda mais insignificante do que realmente é. Fica, como já expliquei, situada numa colina e se compõe de uma pequena igreja e meia dúzia de casas que a rodeiam, cuja maioria está abandonada, além de algumas outras, igualmente miseráveis, construídas na encosta da outra colina. Não estranha, pois, que inutilmente haja eu procurado, ontem, nesta pobre aldeia, os gêneros mais necessários à vida."5

Visitaram também a serra e a descreveram uma comissão científica em 1906 e Alvaro Astolfo da Silveira em 1922, além de outros cientistas em épocas posteriores.5

Parte do filme brasileiro O Diabo a Quatro (2004) foi rodada em Conceição do Ibitipoca.

O Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb) foi criado através da Lei 6.126 de 4 de julho de 1973.

Atrações

Entre os atrativos do parque estão mirantes, grutas, picos e praias, piscinas naturais, cachoeiras formadas pelos rios do Salto e Vermelho e o Córrego do Monjolinho, para conhecê-los o Parque Estadual do Ibitipoca oferece três circuitos principais:

  • Circuito das Águas (5km) - o roteiro mais visitado do parque pela fácil acessibilidade. Entre os atrativos deste percurso estão: Cachoeira dos Macacos, Lago das Miragens, Prainha, Ponte de Pedra, Lago dos Espelhos, Gruta dos Coelhos, Lago Negro, Praia das Elfas e Gruta dos Gnomos.
  • Circuito Pico do Peão (9km) - este percurso leva o visitante ao segundo ponto mais alto do parque, o Pico do Peão (1.720 metros). Além deste, outros atrativos são a Gruta do Peão, a Gruta dos Viajantes e o Monjolinho.
  • Circuito Janela do Céu (16km) - o maior percurso do parque guarda também um dos cartões-postais da Unidade de Conservação, a Janela do Céu. No caminho para o céu está, ironicamente, o ponto mais alto do parque, o Pico da Lombada, com aproximadamente 1.784 metros de altitude e uma vista panorâmica de toda a região do Ibitipoca. Os outros atrativos deste roteiro são: Gruta do Fugitivo/Três Arcos, Gruta da Cruz, Gruta dos Moreiras, Cachoeirinha e o monumento histórico, Cruzeiro.

Aspectos naturais

Relevo e clima

Fauna e flora

A fauna é rica, com a presença de espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o primata guigó. Aparecem também os macacos barbado, sauá (sagui), o papagaio do peito roxo, o coati, o andorinhão-de-coleira falha, entre outros. Dentre os anfíbios encontra-se uma espécie de perereca, a "Hyla de Ibitipoca", que foi identificada pela primeira vez na região.

Diversas espécies da flora são encontradas na unidade de conservação como orquídeas, bromélias, candeias, líquens e samambaias. Um traço marcante da vegetação no Ibitipoca são as "barbas-de-velho", uma espécie de líquen verde-água, que pende dos galhos das árvores, provocando um belo efeito visual. Os campos rupestres constituem uma grande extensão de vegetação do Parque.

Problemas e ameaças

Fontes

  • Lei de criação do Parque

http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/Ibitipoca/lei6126.pdf


http://www.ief.mg.gov.br/component/content/192?task=view

http://www.ibitipoca.tur.br/parque/