Mudanças entre as edições de "Parque Estadual do Ibitipoca"

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* Circuito Janela do Céu (16km) - o maior percurso do parque guarda também um dos cartões-postais da Unidade de Conservação, a Janela do Céu. No caminho para o céu está, ironicamente, o ponto mais alto do parque, o Pico da Lombada, com aproximadamente 1.784 metros de altitude e uma vista panorâmica de toda a região do Ibitipoca. Os outros atrativos deste roteiro são: Gruta do Fugitivo/Três Arcos, Gruta da Cruz, Gruta dos Moreiras, Cachoeirinha e o monumento histórico, Cruzeiro.
 
* Circuito Janela do Céu (16km) - o maior percurso do parque guarda também um dos cartões-postais da Unidade de Conservação, a Janela do Céu. No caminho para o céu está, ironicamente, o ponto mais alto do parque, o Pico da Lombada, com aproximadamente 1.784 metros de altitude e uma vista panorâmica de toda a região do Ibitipoca. Os outros atrativos deste roteiro são: Gruta do Fugitivo/Três Arcos, Gruta da Cruz, Gruta dos Moreiras, Cachoeirinha e o monumento histórico, Cruzeiro.
 
|Fauna and flora=A fauna é rica, com a presença de espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o primata guigó. Aparecem também os macacos barbado, sauá (sagui), o papagaio do peito roxo, o coati, o andorinhão-de-coleira falha, entre outros. Dentre os anfíbios encontra-se uma espécie de perereca, a "Hyla de Ibitipoca", que foi identificada pela primeira vez na região.
 
|Fauna and flora=A fauna é rica, com a presença de espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o primata guigó. Aparecem também os macacos barbado, sauá (sagui), o papagaio do peito roxo, o coati, o andorinhão-de-coleira falha, entre outros. Dentre os anfíbios encontra-se uma espécie de perereca, a "Hyla de Ibitipoca", que foi identificada pela primeira vez na região.
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A vegetação do Parque é representada por um mosaico bastante diverso, composto por manchas de floresta ombrófila densa altimontana (mata nebular) e montana; floresta estacional semidecidual montana; candeial; campos arenosos; campos rupestres arbustivos; campos rupestres sensu stricto; campos encharcáveis; cerrado de altitude; formações peculiares dos paredões abruptos, das entradas das cavernas e das margens dos cursos d’ água; samambaial, além dos campos gerais do entorno do parque. Nas áreas de transição entre as florestas ombrófilas e as formações campestres do Parque, geralmente em locais de solos mais rasos que impedem o desenvolvimento da floresta, ocorrem os candeiais. Essa formação, característica da região, ocupa quase 17% da área total do Parque.
  
 
Diversas espécies da flora são encontradas na unidade de conservação como orquídeas, bromélias, candeias, líquens e samambaias. Um traço marcante da vegetação no Ibitipoca são as "barbas-de-velho", uma espécie de líquen verde-água, que pende dos galhos das árvores, provocando um belo efeito visual. Os campos rupestres constituem uma grande extensão de vegetação do Parque.
 
Diversas espécies da flora são encontradas na unidade de conservação como orquídeas, bromélias, candeias, líquens e samambaias. Um traço marcante da vegetação no Ibitipoca são as "barbas-de-velho", uma espécie de líquen verde-água, que pende dos galhos das árvores, provocando um belo efeito visual. Os campos rupestres constituem uma grande extensão de vegetação do Parque.

Edição das 16h38min de 22 de novembro de 2016

Um dos parques mais visitados de Minas Gerais, o Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb) recebe milhares de turistas anualmente que buscam conhecer o encanto de suas cachoeiras, trilhas, picos, piscinas naturais, grutas e mirantes. Criado em 1973, o PEIb ajuda a proteger quase 1.500 hectares de Mata Atlântica e é um importante reduto para fauna e flora nativa do bioma.


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Parque Estadual do Ibitipoca
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Minas Gerais
Município: Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 1.488 Hectares
Diploma legal de criação: Lei Estadual nº 6.126 de 4 de julho de 1973.
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Estadual de Florestas - Zona da Mata
Contatos: (32) 3281-1101

peibitipoca@meioambiente.mg.gov.br

Localização

O Parque Estadual do Ibitipoca fica localizado entre os municípios de Conceição do Ibitipoca e Lima Duarte, em Minas Gerais.

E 613 450,00 e N 7 598 653,00 utilizando a projeção UTM d Datum SAD/60

Como chegar

Seguir em direção a Juiz de Fora pela BR-040 e entrar no trevo de acesso à BR267, prosseguindo em direção a Lima Duarte. Para chegar ao Distrito de Conceição de Ibitipoca são mais 27Km de estrada de chão e, de lá, mais 4 Km até a portaria do parque. Distância de Belo Horizonte: 241Km.

Ingressos

  • Taxa de visitação (valores por pessoa pago na portaria do parque):

R$ 10,00 de terça à sexta-feira

R$ 20,00 sábados, domingos e feriados

R$ 50,00 passeio de bicicleta (Agendamento prévio)


OBS: O Parque não aceita cartões.


  • Horários:

O Parque Estadual do Ibitipoca fica aberto de terça a domingo, de 7h às 18h.

Entrada de visitantes até às 17h.

Campistas até às 17:30h.

Centro Administrativo: de 8h às 17h, de segunda à sexta-feira.

Centro de Visitantes: de 8h às 13h em dias úteis e de 8h às 15h em finais de semana e feriados.


Loja de souvenirs: aberta de 08h às 17h.

Onde ficar

O Parque possui camping (capacidade para 24 barracas). Existem pousadas no distrito de Conceição do Ibitipoca.

Objetivos específicos da unidade

Histórico

Os primeiros relatos sobre a região datam de 1692. O "Monte de Ebitipoca" foi citado pelo padre João de Faria Fialho e, já no século seguinte, a região possuía mais de 5 000 moradores em decorrência da procura pelo ouro. Após a descoberta do mineral na antiga Vila Rica, atual Ouro Preto, houve um grande êxodo da região e apenas a população mais humilde permaneceu no local.

Durante o século XVIII, a região de Conceição do Ibitipoca, assim como outros locais próximos, se constituiu em rota de contrabando do ouro, através de um caminho que partia de São João Del Rei, passava por Santa Rita de Ibitipoca, por Conceição do Ibitipoca, pela área do Rio do Peixe, Lima Duarte, prosseguindo para Rio Preto e depois para Paraíba do Sul.

Em Conceição de Ibitipoca, nasceu o cônego Manoel Rodrigues da Costa, importante figura que veio a se destacar na Inconfidência Mineira.

No século XIX, acredita-se que não houve grandes modificações na realidade de Conceição do Ibitipoca. Devido à ascensão do povoado do Rio do Peixe, Conceição do Ibitipoca foi tornando-se uma localidade remota, ficando relativamente esquecida. Porém, deve-se destacar a criação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Ibitipoca e a integração do distrito ao município de Lima Duarte.

Embora sem grande expressão econômica ao longo da história de Minas Gerais, a região de Conceição do Ibitipoca atraiu cientistas e viajantes estrangeiros, pelas peculiaridades de sua paisagem e de sua flora. Em 1822, o botânico Auguste de Saint-Hilaire assim descreveu a localidade: " … atravessamos primeiro a vila de Ibitipoca, que conhecia mal e julgava ainda mais insignificante do que realmente é. Fica, como já expliquei, situada numa colina e se compõe de uma pequena igreja e meia dúzia de casas que a rodeiam, cuja maioria está abandonada, além de algumas outras, igualmente miseráveis, construídas na encosta da outra colina. Não estranha, pois, que inutilmente haja eu procurado, ontem, nesta pobre aldeia, os gêneros mais necessários à vida."

Visitaram também a serra e a descreveram uma comissão científica em 1906 e Alvaro Astolfo da Silveira em 1922, além de outros cientistas em épocas posteriores.

O Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb) foi criado através da Lei 6.126 de 4 de julho de 1973.

Parte do filme brasileiro O Diabo a Quatro (2004) foi rodada em Conceição do Ibitipoca.

Atrações

Entre os atrativos do parque estão mirantes, grutas, picos e praias, piscinas naturais, cachoeiras formadas pelos rios do Salto e Vermelho e o Córrego do Monjolinho, para conhecê-los o Parque Estadual do Ibitipoca oferece três circuitos principais:

  • Circuito das Águas (5km) - o roteiro mais visitado do parque pela fácil acessibilidade. Entre os atrativos deste percurso estão: Cachoeira dos Macacos, Lago das Miragens, Prainha, Ponte de Pedra, Lago dos Espelhos, Gruta dos Coelhos, Lago Negro, Praia das Elfas e Gruta dos Gnomos.


  • Circuito Pico do Peão (9km) - este percurso leva o visitante ao segundo ponto mais alto do parque, o Pico do Peão (1.720 metros). Além deste, outros atrativos são a Gruta do Peão, a Gruta dos Viajantes e o Monjolinho.


  • Circuito Janela do Céu (16km) - o maior percurso do parque guarda também um dos cartões-postais da Unidade de Conservação, a Janela do Céu. No caminho para o céu está, ironicamente, o ponto mais alto do parque, o Pico da Lombada, com aproximadamente 1.784 metros de altitude e uma vista panorâmica de toda a região do Ibitipoca. Os outros atrativos deste roteiro são: Gruta do Fugitivo/Três Arcos, Gruta da Cruz, Gruta dos Moreiras, Cachoeirinha e o monumento histórico, Cruzeiro.

Aspectos naturais

Relevo e clima

Fauna e flora

A fauna é rica, com a presença de espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o primata guigó. Aparecem também os macacos barbado, sauá (sagui), o papagaio do peito roxo, o coati, o andorinhão-de-coleira falha, entre outros. Dentre os anfíbios encontra-se uma espécie de perereca, a "Hyla de Ibitipoca", que foi identificada pela primeira vez na região.

A vegetação do Parque é representada por um mosaico bastante diverso, composto por manchas de floresta ombrófila densa altimontana (mata nebular) e montana; floresta estacional semidecidual montana; candeial; campos arenosos; campos rupestres arbustivos; campos rupestres sensu stricto; campos encharcáveis; cerrado de altitude; formações peculiares dos paredões abruptos, das entradas das cavernas e das margens dos cursos d’ água; samambaial, além dos campos gerais do entorno do parque. Nas áreas de transição entre as florestas ombrófilas e as formações campestres do Parque, geralmente em locais de solos mais rasos que impedem o desenvolvimento da floresta, ocorrem os candeiais. Essa formação, característica da região, ocupa quase 17% da área total do Parque.

Diversas espécies da flora são encontradas na unidade de conservação como orquídeas, bromélias, candeias, líquens e samambaias. Um traço marcante da vegetação no Ibitipoca são as "barbas-de-velho", uma espécie de líquen verde-água, que pende dos galhos das árvores, provocando um belo efeito visual. Os campos rupestres constituem uma grande extensão de vegetação do Parque.

Quanto às espécies arbóreas e aos ambientes florestais do Parque Estadual do Ibitipoca, apenas duas espécies exóticas foram observadas: uma árvore de araucária (Araucaria angustifolia) isolada em ambiente campestre e moitas de capim gordura (Melinis minutiflora), em ambientes em estágios iniciais de regeneração com potencial de vir a ser florestas, apesar de esta espécie ocorrer com mais freqüência em sítios em meio aos campos de altitude.

Segundo relato de funcionários do parque, a árvore de araucária foi plantada por antigos ocupantes da serra, antes da área ser decretada unidade de conservação. É um testemunho histórico das atividades que havia na região e como tal poderá ser utilizada para resgatar estes aspectos. Além disto, não se observou nenhum indivíduo jovem desta espécie, indicando que ela não representa nenhuma ameaça como invasora. Portanto, conclui-se que não há necessidade de eliminar esta planta.

No caso do capim gordura, esta espécie provavelmente colonizou a Serra do Ibitipoca na época em que a área era utilizada como pastagens de gado. Segundo relatos, a incidência deste capim vem reduzindo ao longo dos tempos, em parte devido às ações de erradicação que funcionários têm implementado e também pela retomada de espécies nativas graças à estabilidade ambiental local após a retirada do gado.

Problemas e ameaças

Fontes

  • Lei de criação do Parque

http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/Ibitipoca/lei6126.pdf


http://www.ief.mg.gov.br/component/content/192?task=view

http://www.ibitipoca.tur.br/parque/